ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
FEVEREIRO, QUINTA  20    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

Mães foram à Câmara protestar por leite e fraldas para crianças

O movimento é antigo e, na sessão inaugural da Câmara, mães foram impedidas de exibir faixas

Por Maristela Brunetto e Mylena Fraiha | 17/02/2025 10:55
Mães foram à Câmara protestar por leite e fraldas para crianças
Mães chegaram com cartazes e só exibiram no lado de fora da Câmara (Fotos: Marcos Maluf)

Mobilização antiga, grupo de mães de crianças com deficiência foi esta manhã (17) à Câmara de Vereadores para nova manifestação durante a solenidade de abertura do ano legislativo. Proibidas de entrar com faixas, elas levantaram a voz durante discursos para dar visibilidade às demandas. As mães têm reiterado protestos cobrando a regularização do fornecimento de dietas nutricionais especiais e fraldas para os filhos.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Um grupo de mães de crianças com deficiência protestou durante a abertura do ano legislativo na Câmara Municipal de Campo Grande, reivindicando a regularização do fornecimento de dietas nutricionais especiais e fraldas. Cerca de 15 manifestantes foram impedidas de entrar com cartazes no local por um guarda civil, o que gerou revolta. A prefeita Adriane Lopes, durante seu discurso, reconheceu as demandas e indicou que há esforços do município, mas destacou a necessidade de apoio da União. O presidente da Câmara, Epaminondas Neto (PSDB), negou ter proibido a manifestação e ofereceu mediação no conflito. O caso já teve intervenção da Defensoria Pública, que questionou a qualidade das fraldas fornecidas pelo município. A gestão da saúde em Campo Grande é plena, recebendo recursos federais diretamente para manutenção dos serviços.

Elas já tinham ido à Casa na sexta-feira, conversado com vereadores e o presidente do Legislativo Municipal, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), informaram que hoje aproveitariam a sessão para retomar os protestos.

Segundo Elisangela silva de Souza, o veto à exibição de cartazes foi feito por um guarda civil, causando revolta no grupo de cerca de 15 mães. “Aqui é uma casa do povo e todo mundo tem direito de se expressar como quiser”, disparou.

Ela disse ter causado estranheza a proibição, uma vez que o movimento já é conhecido, já levaram as faixas e cartazes em sessão do Legislativo estadual e até mesmo em desfiles cívicos no centro da cidade.

Elisângela disse que os cartazes eram a oportunidade de fazer a prefeita Adriane Lopes e demais autoridades verem a mobilização e a demanda das mães. A prefeitura fornece o alimento especial e fraldas, muitos referentes a casos judicializados, e há questionamento sobre a falta de programação para haver continuidade e regularidade.

No mês passado, a Defensoria Pública se manifestou sobre a qualidade das fraldas fornecidas pelo Município a quem precisa, sejam crianças, jovens ou adultos.

Na conversa com as mães na sexta-feira, o presidente da Câmara ofereceu a Casa para assumir uma tarefa de conciliação. Hoje cedo, ele negou que tenha havido proibição à manifestação, mencionou que o uso das faixas poderia prejudicar aos presentes a visualização da sessão de abertura do ano legislativo.

Adriane fez menção à reivindicação das mães durante seu discurso na sessão solene. Ela apontou que há esforço do Executivo Municipal em atender as necessidades das crianças, mas também apontou que é preciso cobrar auxílio da União para a solução do problema.

A Constituição Federal divide entre estados, municípios e a União o atendimento das demandas da saúde. As pessoas acabam escolhendo se entram na Justiça contra apenas um ente, mais de um ou todos. A Justiça costuma deferir os pedidos em juízo para fornecimento de medicamentos, tratamentos, fraldas. Em Campo Grande, a gestão da saúde é plena, recebendo receitas diretamente do Governo Federal para manutenção dos serviços.

Mães foram à Câmara protestar por leite e fraldas para crianças
Mães puderam entrar na Cãmara a sessão solene, mas não puderam levar cartazes


Nos siga no Google Notícias