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Cidades

Más condições de trabalho em clínicas populares geram revolta

O movimento é nacional, mas já chegou a Mato Grosso do Sul e cita diversas unidades odontológicas da Capital

Lucia Morel | 03/02/2023 16:30
Reprodução de postagem do grupo Furada Odonto de MS citando clínica de Campo Grande. (Foto: Reprodução)
Reprodução de postagem do grupo Furada Odonto de MS citando clínica de Campo Grande. (Foto: Reprodução)

Página criada há um dia em rede social está dando o que falar ao expor más condições de trabalho de dentistas nas chamadas clínicas populares. O movimento é nacional, mas já chegou a Mato Grosso do Sul e cita diversas unidades odontológicas de Campo Grande e também do interior do Estado.

No dia 28 de janeiro de 2023 uma cirurgiã-dentista do Rio de Janeiro faleceu de infarto fulminante e a categoria começou a se mobilizar, porque acredita que a morte decorreu do trabalho estressante, já que estaria atuando em excesso e “sob condições de trabalho escravo”. Houve revolta também porque a clínica onde ela trabalhava teria divulgado, duas horas após confirmação do óbito, uma vaga em aberto para ser preenchida.

Entre os relatos na página de MS do movimento chamado Furada Odonto, há o de profissionais que trabalhariam sem carteira assinada para receber R$ 800 ao mês por três vezes na semana. No caso da atuação ser de segunda a sexta, o pagamento seria de R$ 1,2 mil com carga horária das 9h às 20h.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Também há relatos de marcação de atendimentos de apenas 10 minutos, sem horário de almoço, ou de apenas 30 minutos, péssimos materiais para uso nos pacientes, impedimento de se fazer a esterilização, falta de produtos necessários, de luva e anestésico.

Em contato com o CRO/MS (Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul), que é marcado em todas as postagens do grupo online, o Campo Grande News recebeu nota que informa que a fiscalização do conselho atua “efetivamente para combater todas as formas de irregularidades na área odontológica de modo a garantir o pleno exercício da odontologia e manter o bom prestígio da profissão”.

Cita ainda que, no caso específico de más condições de trabalho, não é atribuição do CRO/MS esse tipo de fiscalização. “(...) quando constatadas irregularidades que não competem ao exercício profissional, que é a principal atribuição da fiscalização do CRO/MS, o conselho encaminha as denúncias para órgãos competentes, como Vigilância Sanitária, Ministério Público e demais órgãos competentes para as devidas providências que entenderem necessárias”.

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