Com 4 casos suspeitos de intoxicação, MS recebe remessas de etanol
Uma das notificações é de morte em investigação na Capital; operação em bares não encontrou irregularidades
O Ministério da Saúde confirmou neste sábado (4) que quatro casos de intoxicação por metanol são investigados em Mato Grosso do Sul, um deles com morte suspeita em Campo Grande. A nova atualização integra o balanço nacional, que registra 127 notificações no país, sendo 12 óbitos em investigação.
RESUMO
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O Ministério da Saúde investiga quatro casos de intoxicação por metanol em Mato Grosso do Sul, incluindo uma morte suspeita em Campo Grande. O caso mais grave é do jovem Matheus Santana Falcão, de 21 anos, que faleceu após apresentar sintomas como falta de ar e vômito. Para reforçar o atendimento, o ministério adquiriu 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol, que serão distribuídos em MS e outros estados. Autoridades locais intensificaram a fiscalização em estabelecimentos comerciais e emitiram recomendações para prevenir a venda de bebidas adulteradas.
Do total, três são de Campo Grande. Um deles já recebeu alta e outro é de paciente ainda internado em hospital privado.
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O caso mais grave é o do jovem Matheus Santana Falcão, de 21 anos, que morreu após dar entrada em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com sintomas compatíveis com envenenamento pela substância, como falta de ar, vômito e perda de consciência.
As amostras de sangue e urina foram enviadas ao Lacen/MS (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul), que faz a análise laboratorial. Equipes da Polícia Civil, Procon e Vigilância Sanitária também recolheram bebidas na casa da vítima e em bares da região. Até o momento, nenhum exame confirmou a presença de metanol.
Antídotos - Para reforçar o atendimento hospitalar, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol, medicamentos usados como antídotos em casos suspeitos de intoxicação.
A distribuição começou neste fim de semana e inclui Mato Grosso do Sul na primeira etapa, junto com Bahia, Pernambuco, Paraná e Distrito Federal.
Segundo o ministro Alexandre Padilha, o reforço garante que nenhum paciente fique sem tratamento adequado. Os dois medicamentos podem ser aplicados ainda na suspeita de intoxicação, mas apenas sob prescrição e monitoramento médico.
Fiscalização – Após a morte suspeita, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) emitiu recomendação oficial à Abrasel/MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Mato Grosso do Sul) e à Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), determinando que bares, restaurantes e supermercados adotem medidas rigorosas contra a venda de bebidas adulteradas.
O documento, assinado pelo promotor Luiz Eduardo Lemos de Almeida, reforça que toda a cadeia de fornecedores, de fabricantes a pontos de venda, pode ser responsabilizada por danos causados ao consumidor. As entidades têm 10 dias úteis para informar as providências tomadas.
Entre as medidas exigidas estão a compra somente de produtos de fornecedores que emitam nota fiscal e possuam CNPJ ativo, a verificação da autenticidade de rótulos e lotes, e o isolamento imediato de produtos suspeitos, com preservação de amostras e comunicação às autoridades.
Na noite de sexta-feira (3), a Guarda Civil Metropolitana e a Vigilância Sanitária Municipal realizaram a Operação Metanol, vistoriando 12 estabelecimentos na região central de Campo Grande.
A ação, com apoio da Semades (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), teve caráter preventivo e de orientação. Os fiscais analisaram rótulos, lacres e notas fiscais das bebidas, mas não encontraram irregularidades.
Segundo o fiscal da Vigilância Sanitária, Atacino Teixeira, o objetivo é “garantir que nenhuma bebida adulterada chegue ao consumidor e evitar novas ocorrências de intoxicação”.
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