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Cidades

MS investe em tecnologia e novos centros para enfrentar feminicídios

Para governador, as estatísticas precisam ser entendidas como instrumento de formulação de ações públicas

Por Lucia Morel e Ketlen Gomes | 27/08/2025 19:20
MS investe em tecnologia e novos centros para enfrentar feminicídios
Público no Rubens Gil durante evento de proteção às mulheres. (Foto: Juliano Almeida)

O governador Eduardo Riedel (PP) afirmou durante o evento “Por Elas: proteção de todos os lados”, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, que os altos índices de feminicídio registrados em Mato Grosso do Sul não devem ser vistos como um fator de “má imagem” para o Estado. Segundo ele, as estatísticas precisam ser entendidas como instrumento de formulação de políticas públicas.

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O governador Eduardo Riedel afirmou que os altos índices de feminicídio em Mato Grosso do Sul não devem ser vistos como má imagem para o Estado, mas como instrumento para formulação de políticas públicas. Durante evento no Palácio Popular da Cultura, ele destacou que o foco está em resolver o problema, não em preocupações com estatísticas. Entre as medidas anunciadas estão o uso de inteligência artificial no combate à violência de gênero e a expansão do Centro Especializado de Atendimento à Mulher para 12 municípios. O Estado registrou 44 feminicídios em 2022, 30 em 2023, 35 em 2024 e já contabiliza 25 casos em 2025.

“A gente não pode enxergar isso como causar uma imagem ruim. A gente tem que entender a estatística como uma ferramenta, um instrumento, para poder agir em política pública, para resolver o problema. Todos os estados têm problemas em algum nível e a gente tem que compreender esses problemas e atuar. Então, eu não estou preocupado se a estatística vai causar um problema de imagem. Eu estou preocupado em resolver a estatística, em buscar ações para poder combater o problema”, declarou o governador.

De acordo com os dados oficiais, Mato Grosso do Sul registrou 44 feminicídios em 2022, 30 em 2023, 35 em 2024 e já contabiliza 25 casos em 2025. Para Riedel, o número elevado também reflete a robustez da rede de proteção existente no Estado, que garante a correta tipificação das ocorrências como feminicídio.

Entre as medidas apresentadas está o uso de inteligência artificial no enfrentamento à violência de gênero. A ferramenta, chamada Vitória, oferecerá orientação para mulheres em situação de vulnerabilidade, indicando locais de atendimento, contatos de apoio e fluxos de atendimento. “É a democratização do acesso. A tecnologia passa a ser usada para dar respostas rápidas e seguras em situações de violência”, destacou o governador.

Outra frente anunciada é a expansão do Ceamca (Centro Especializado de Atendimento à Mulher, à Criança e ao Adolescente em Situação de Violência), criado em Campo Grande em 1999. O serviço passará a funcionar diretamente em 12 municípios: Alcinópolis, Bataguassu, Brasilândia, Cassilândia, Costa Rica, Japorã, Mundo Novo, Pedro Gomes, Porto Murtinho, Selvíria, Sonora e Rio Brilhante. Cada cidade receberá R$ 210 mil para implantação.

MS investe em tecnologia e novos centros para enfrentar feminicídios
O governador Eduardo Riedel (PP), durante fala no evento "Por elas". (Foto: Juliano Almeida)

Segundo a secretária de Cidadania, Viviane Luiza, anfitriã do evento ao lado da subsecretária Manuela Nicodemos, a reunião também serviu para consolidar o compromisso com a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) no apoio à assinatura do Plano Municipal de Metas de Prevenção e Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres. “A reunião é um ato de transparência e prestação de serviço”, afirmou.

O governador ainda respondeu sobre a possibilidade de criação de uma Secretaria Estadual da Mulher, mas avaliou que a estrutura não garantiria, por si só, eficiência nas políticas públicas. “Não é a secretaria que faz política pública, é o governo. Os resultados estão acontecendo independentemente da secretaria. Se fosse assim, teríamos uma secretaria para cada tema”, disse.

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