Corumbá inicia mutirão para regularizar documentação de migrantes e refugiados
Ação busca acelerar a regularização de estrangeiros que chegam pela fronteira e sobrecarregam serviços locais

Corumbá iniciou nesta segunda-feira (24) uma ação inédita para ampliar o atendimento a migrantes internacionais e refugiados que chegam pela fronteira com a Bolívia. Diante do aumento do fluxo migratório e da sobrecarga nos serviços locais, o município, em parceria com a Defensoria Pública da União, promove um mutirão para regularizar a documentação de pessoas em situação de vulnerabilidade.
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Segundo o prefeito Gabriel Alves de Oliveira (PSB), a ação busca acelerar a regularização de estrangeiros junto à Polícia Federal, ressaltando que a responsabilidade pelo processo migratório é do governo federal. O atendimento segue até o dia 28 (sexta-feira), na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, no CAC (Centro de Atendimento ao Cidadão), no centro da cidade.
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De acordo com Marcelo Batista de Souza Rocha, servidor da DPU de Campo Grande e integrante da ação, o objetivo é mapear as dificuldades locais e orientar o fluxo de entrada. "Corumbá é uma porta de entrada no nosso estado e o fluxo é muito grande. Viemos entender a situação para passar orientações", afirmou.
Casa do Migrante - A maioria dos migrantes, segundo a vice-prefeita e secretária de Assistência Social, Bia Cavassa, utiliza Corumbá apenas como rota de passagem. Entre os que permanecem na região, a mulheres e crianças são a maioria. No ano passado, Corumbá recebeu 1.589 migrantes de 13 nacionalidades diferentes. Em 2022, um levantamento apontou que existiam 28 nacionalidades domiciliadas.
Os principais destinos dos migrantes são os estados do Sudeste e cidades como Campo Grande e Dourados, em Mato Grosso do Sul, onde há uma comunidade venezuelana organizada. Também cresce o número de colombianos e de pessoas deportadas dos Estados Unidos que reingressam na América do Sul pelo território boliviano, fenômeno recente observado pela área social da prefeitura.
"Recebemos muitos migrantes indocumentados. A ação é importante para que eles possam se regularizar e seguir viagem para seus destinos", disse Bia Cavassa, lembrando que o município mantém a Casa do Migrante para acolhimento (abrigo e alimentação) temporário, onde foram atendidos mais de 1.700 migrantes este ano. “A presença da DPU agiliza a parte burocrática que o município não tem competência para resolver sozinho”, completa.



