Prefeitura de Corumbá condena violência após denúncias contra PMs
Sem mencionar incidente, nota oficial é assinada pelo prefeito
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Em nota oficial, a prefeitura de Corumbá se manifestou nesta segunda-feira sobre segurança no carnaval, sem citar as denúncias de abordagem agressiva a foliões por parte de policiais militares integrantes do pelotão que faz rondas na festa. O fato ocorreu na madrugada de domingo, quando jovens registraram boletim de ocorrência na delegacia local acusando PMs de truculência no circuito da folia.
RESUMO
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A Prefeitura de Corumbá se pronunciou sobre a segurança no carnaval após denúncias de violência policial. Jovens acusaram PMs de agressão durante a folia, resultando em ferimentos. O prefeito Gabriel de Oliveira destacou que segurança deve ser sinônimo de proteção e repudiou qualquer forma de violência. A segurança do evento conta com 140 policiais, 40 guardas municipais e 200 seguranças privados. A prefeitura também defendeu os ambulantes, garantindo apoio e flexibilização de horários para suas atividades.
“Carnaval é festa, é alegria, é cultura! Mas, acima de tudo, é um momento de respeito e convivência”, diz o comunicado divulgado no início da tarde desta segunda-feira, assinado pelo prefeito Gabriel de Oliveira e pela diretora-presidente da Fundação de Cultura, Wanessa Rodrigues, divulgado após a repercussão do incidente.
Em vídeo postado também nas redes sociais, o prefeito afirma: “segurança deve ser sinônimo de proteção. Em nossa cidade, alegria, paz e justiça sempre estarão juntas”. E completa: “Não aceitamos nenhum tipo de violência e não aceitaremos qualquer forma de excesso, seja contra trabalhadores do carnaval ou foliões”.
O confronto - A denúncia de agressão dos policiais, que seriam da unidade de Aquidauana, foi formulada por Marlon Vinícius, de 26 anos, e dois amigos durante a dispersão de foliões no carnaval, na madrugada deste domingo. O grupo relatou que tentava deixar a festa quando foi impedido de acessar uma via que os levava ao local onde haviam estacionado o veículo.
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Um vídeo que repercute nas redes sociais mostra um policial agredindo os jovens com cassetete, aos gritos: “Vão embora, somem daqui, vou prender, hein!”. Conforme denúncias, relatadas no boletim de ocorrência, três jovens ficaram feridos com marcas pelo corpo, um deles com fratura no nariz, e foram atendimento no pronto-socorro.
A segurança no carnaval corumbaense conta com o reforço de 140 policiais civis e militares de várias unidades do Estado, além de 40 guardas municipais e 200 homens de empresa privada.
Toque de recolher
A organização do carnaval também recebeu reclamações dos ambulantes da praça de alimentação, ao lado da avenida (General Rondon) onde ocorrem os desfiles, de que foram obrigados por policiais a encerrar de forma abrupta suas atividades em determinados horários, mesmo com clientes.
A única determinação de horário pré-definida durante o carnaval, segundo a prefeitura, era para os blocos independentes, os quais deveriam passar na avenida até às 4h da madrugada.
Na mesma nota oficial, o prefeito e a titular da Fundação de Cultura saíram também em defesa dos ambulantes e comerciantes da praça de alimentação. “Saibam que vocês têm todo o nosso apoio. Hoje (segunda-feira), inclusive, o horário será estendido para que possam trabalhar com tranquilidade. O que realmente importa é que todos sejam respeitados”.
O comunicado da prefeitura ainda informa que a organização do Carnaval, em contato com o Comando-Geral da Polícia Militar e o 6º Batalhão de Corumbá, “acertou a flexibilização do horário para que todos tenham condições de pular o Carnaval com tranquilidade”.