Receita Federal alerta para golpe que simula cobrança de débitos com a União
Criminosos usam WhatsApp, dados reais e páginas falsas para simular cobranças da Receita e da PGFN

Em período de pagamento de impostos, criminosos têm se aproveitado para aplicar golpes em contribuintes. O mais recente, que até foi divulgado pelo governo federal no início do mês, é a tentativa de falsa cobrança de Dívida Ativa da União que continua ativa e quase fez mais uma vítima em Campo Grande neste sábado (27).
RESUMO
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Golpistas têm aplicado fraudes relacionadas à falsa cobrança de Dívida Ativa da União em Campo Grande. Uma moradora recebeu mensagem via WhatsApp de um suposto funcionário do governo federal, que utilizou dados pessoais reais e ameaçou bloqueio de valores em contas bancárias. A Receita Federal e a PGFN alertam que não se comunicam por aplicativos de mensagens. Os canais oficiais são o e-CAC e o portal regularize.pgfn.gov.br, acessíveis somente via plataforma Gov.br. Os criminosos criam páginas falsas e utilizam dados verdadeiros para induzir pagamentos imediatos.
A moradora, que preferiu não se identificar, relatou que a tentativa de golpe ocorreu por meio do WhatsApp. O golpista usou dados pessoais reais, como nome completo e CPF, e se apresentou como funcionário do governo federal.
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Na mensagem, o falso servidor afirmava que “a falta de regularização pode levar ao bloqueio de valores em suas contas bancárias correspondentes ao débito”. Em seguida, encaminhou um link com a promessa de “descontos de até 65%” para a quitação da suposta dívida.
Desconfiada, a moradora pesquisou na internet e percebeu que se tratava de um golpe. Ela alerta para que outras pessoas fiquem atentas, especialmente idosos e contribuintes que possuem impostos atrasados. “Muitas pessoas acabam acreditando,” relatou.
No começo do mês, a Receita Federal e a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) emitiram alerta sobre essa nova modalidade de golpe, que tem sido registrada em unidades de atendimento de diversas regiões do país. Os órgãos reforçam que não enviam comunicados aos contribuintes por aplicativos de mensagens, como WhatsApp ou Telegram.
O e-CAC é o canal oficial de atendimento da Receita Federal e só pode ser acessado por meio de perfil na plataforma Gov.br. Já o canal oficial da PGFN é o portal regularize.pgfn.gov.br, onde os cidadãos podem consultar, negociar ou pagar débitos com a União.
“A PGFN apenas se comunica com pessoas físicas e jurídicas por meio de SMS a partir do remetente 29347 e nunca solicita dados como CPF”, informou a Receita Federal em nota. O órgão também esclarece que o acesso ao portal Regularize, no caso de pessoas físicas, ocorre exclusivamente com login e senha da plataforma Gov.br, o que garante maior segurança ao processo.
Segundo os órgãos, os criminosos utilizam nomes e CPFs verdadeiros para criar páginas falsas de cobrança que imitam o visual do Gov.br e induzem ao pagamento imediato. Para isso, criam um senso de urgência, com prazos curtos, ameaças de bloqueio de CPF, PIX ou contas bancárias, além de ofertas de “desconto” para pagamento rápido.
A PGFN destaca que, em nenhuma hipótese de cobrança, há possibilidade de cancelamento de PIX, e que o bloqueio de bens ou valores só ocorre mediante autorização do Poder Judiciário. A Receita Federal orienta que o contribuinte sempre verifique qualquer informação diretamente nos canais oficiais antes de tomar qualquer decisão.
Os órgãos públicos reforçam que não enviam mensagens com prazos reduzidos, não solicitam pagamentos por aplicativos e jamais exigem ações imediatas. Em caso de dúvida, a recomendação é buscar confirmação exclusivamente pelos canais oficiais.
Ainda segundo a Receita, páginas fraudulentas costumam exibir dados pessoais verdadeiros, como nome, CPF e até endereço, para aparentar legitimidade. Esses sites reproduzem cores, brasões e assinaturas oficiais, mas utilizam endereços que não pertencem ao domínio gov.br. “Sites oficiais do governo federal sempre terminam em “gov.br””, reforça o órgão em nota.
Informações sobre eventuais pendências podem ser consultadas no e-CAC, no site da Receita Federal, que pode ser acessado neste link. Já dúvidas sobre inscrição em dívida ativa da União devem ser esclarecidas diretamente no portal da PGFN, acessível neste link.
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