Justiça suspende decisão que anulou afastamento de Cezário do futebol
Medida paralisa efeitos de anulação da assembleia e mantém Petrallás como presidente da FFMS

A juíza Cíntia Xavier Letteriello suspendeu os efeitos da decisão que havia anulado a assembleia que afastou Francisco Cezário da presidência da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul). Com isso, Estevão Petrallás segue no comando da entidade.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A juíza Cíntia Xavier Letteriello suspendeu a decisão que anulava o afastamento de Francisco Cezário da presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS). Com isso, Estevão Petrallás permanece no comando da entidade, evitando possível instabilidade administrativa. Cezário foi preso em abril de 2024 durante a Operação Cartão Vermelho, que investiga desvio de R$ 10 milhões da federação. Após sua prisão, a CBF nomeou Petrallás como interventor, que posteriormente foi eleito presidente até 2027. A defesa de Cezário informou que não recorrerá da decisão.
Na decisão, a magistrada afirma que a medida evita mudanças no comando da federação antes da análise final do caso. Segundo o texto, alterar a gestão agora poderia causar instabilidade administrativa. Por isso, a juíza decidiu manter a situação atual.
- Leia Também
- Juiz rejeita pedido de federação para acessar processo contra Cezário
- Clubes defendem decisão que destituiu ex-presidente da FFMS em manifesto à CBF
Com a suspensão, a anulação da assembleia de outubro de 2024 deixa de produzir efeitos por enquanto. Na prática, nada muda no dia a dia da federação. Cezário continua afastado do cargo e não pode reassumir a presidência.
A assembleia havia retirado Cezário do comando após denúncias de irregularidades na gestão da FFMS. Em novembro, a Justiça anulou a reunião ao apontar falhas no procedimento adotado pelos clubes. A decisão não avaliou as acusações contra o ex-presidente.
Mesmo naquela ocasião, a Justiça deixou claro que a anulação não devolvia automaticamente o cargo. O afastamento de Cezário também ocorre por decisão da área criminal. Ele segue impedido de atuar como dirigente.
Cezário foi preso em abril de 2024 durante a Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A investigação apura o desvio de cerca de R$ 10 milhões da federação. Durante as buscas, agentes encontraram R$ 800 mil em espécie na casa do ex-dirigente.
Após a prisão, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nomeou Estevão Petrallás como interventor da FFMS. Em abril de 2025, ele foi eleito presidente para cumprir mandato até 2027. A entidade nacional reconhece a atual gestão e mantém apoio ao comando.
A defesa de Cezário informou que não vai recorrer da decisão que suspendeu os efeitos da anulação. Segundo o advogado Fábio Azato, qualquer tentativa de retorno fica impedida até o julgamento final do processo. O caso agora aguarda análise do Tribunal.

