ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
SETEMBRO, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 35º

Cidades

Recusa familiar para doação de órgãos chega a 60% em MS

Apenas parentes de até segundo grau, cônjuges ou companheiros podem autorizar o procedimento após a morte

Por Izabela Cavalcanti | 19/09/2025 08:13
Recusa familiar para doação de órgãos chega a 60% em MS
Médicos fazendo transplante de fígado no Hospital Adventista do Pênfigo (Foto: Divulgação/Hospital Adventista do Pênfigo)

A negativa familiar para doação de órgãos chega aos 60% em Mato Grosso do Sul. O percentual significa que, em mais da metade das entrevistas realizadas com familiares de potenciais doadores, a autorização não é concedida.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Mato Grosso do Sul enfrenta recusa familiar acima de 60% em doação de órgãos, impactando transplantes. Apesar disso, o estado realizou entre janeiro e setembro de 2025, 218 transplantes de córnea, 39 de fígado, 16 de rim e 4 de ossos. A coordenadora da Central Estadual de Transplantes destaca a importância da conversa familiar sobre o tema para facilitar o processo. O estado se destaca no cenário nacional, ocupando o 4º lugar em transplantes de fígado por milhão de habitantes. Campanhas de conscientização, como a caminhada "Passos pela Vida" e a entrega do Diploma "Amigo do Transplante", marcam o Setembro Verde, mês dedicado à doação de órgãos. A autorização familiar, restrita a parentes de até segundo grau, cônjuge ou companheiro, reforça a necessidade do diálogo sobre o desejo de doação.

De acordo com dados da CET/SES (Central Estadual de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde), entre janeiro e setembro de 2025, foram realizados 218 transplantes de córnea, 39 de fígado, 16 de rim e 4 de ossos.

“A entrevista familiar é uma etapa decisiva no processo de doação. Por isso, é fundamental que a equipe esteja preparada para acolher com sensibilidade e clareza, respeitando o momento de luto. Quando a pessoa manifesta em vida o desejo de ser doadora, essa informação facilita a tomada de decisão e aumenta as chances de autorização”, pontuou a coordenadora da CET, Claire Carmen Miozzo.

Apesar disso, em menos de 1 ano após iniciar os transplantes de fígado, Mato Grosso do Sul ocupa a 4ª colocação no ranking nacional por milhão de habitantes, ocupando taxa de 17, segundo dados do RBT (Registro Brasileiro de Transplantes). O Estado fica atrás do Distrito Federal (48,3), Paraná (21,0) e Ceará (18,6).

A autorização para a doação de órgãos e tecidos só pode ser concedida por cônjuge, companheiro ou familiares de até o segundo grau, mediante duas testemunhas. É fundamental que o cidadão manifeste em vida o desejo de ser doador e que essa decisão seja comunicada à família.

Setembro verde - Duas iniciativas públicas reforçam a importância da doação de órgãos e tecidos em Mato Grosso do Sul, durante o setembro verde.

No dia 21 de setembro, das 8h às 10h30, será realizada a 2ª Caminhada “Passos pela Vida”, no Espaço de Múltiplo Uso Arquiteta Zuleide Simabuco Higa, situado no Parque dos Poderes.

O evento é promovido por instituições parceiras, como a Assembleia Legislativa, Fratello Transplantes, Hospital Adventista e CET/MS.

Já no dia 22 de setembro, às 19h, será realizada a sessão solene de entrega do Diploma de Honra ao Mérito Legislativo “Amigo do Transplante”, instituído pela Resolução nº 32/2019. O evento acontece no Plenário Deputado Júlio Maia, no Palácio Guaicurus.

A homenagem reconhece pessoas e instituições que contribuem para o fortalecimento da cultura da doação no Estado.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.