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Cidades

Após arrecadar R$ 1 milhão em leilão, produtores organizam ato para dia 11

Kleber Clajus | 08/12/2013 09:44
Presidente da Acrissul ressalta que leilão foi "ato político mais relevante do ano" (Foto: Cleber Gellio)
Presidente da Acrissul ressalta que leilão foi "ato político mais relevante do ano" (Foto: Cleber Gellio)

Com arrecadação de cerca R$ 1 milhão durante o Leilão da Resistência, promovido pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), os produtores rurais do Estado agora se mobilizam para um ato em Brasília, na próxima quarta-feira (11). O objetivo é cobrar do Governo Federal uma solução para os conflitos entre indígenas e fazendeiros.

“Para Brasília pretendemos levar 100 produtores, pois queremos deixar evidente o que tem acontecido no campo em Mato Grosso do Sul. Até porque produtores e indígenas não querem conflito, isso quem quer são Ong’s (Organizações Não-Governamentais), o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e a igreja”, garante o presidente da Acrissul, Francisco Maia, que tem esperança de que a demarcação da Aldeia Buriti, em Sidrolândia, “ocorra ainda neste ano e sirva de modelo para todo o país”.

Maia diz que os resultados alcançados durante o leilão, realizado ontem (7), foram satisfatórios e refletem o engajamento dos produtores e de lideranças políticas do Estado.

“Vamos apresentar o balanço oficial na segunda-feira (9), mas este foi o ato político mais relevante no campo este ano. A classe se mostra consciente sobre a questão das demarcações e se une para enfrentar as agressões físicas as propriedades e verbais de políticos”, pontua.

Apontado como estratégia para armar os fazendeiros na disputa agrária, Maia garante os valores arrecadados no leilão serão utilizados para contratar advogados, financiar campanhas na mídia e adquirir passagens para Brasília (DF), onde ocorre um ato relativo aos conflitos no campo na quarta-feira (11). Isso, se a Justiça autorizar, porque os valores têm de ser depositados em juízo.

Leilão – Cerca de 2 mil pessoas participaram no sábado do Leilão da Resistência, na sede da Acrissul. Maia explica que os lotes comercializados tinham “valor de mercado”. Outros R$ 400 mil foram doados em dinheiro, repassados por produtores que tiveram dificuldades logísticas para transportar o gado a ser leiloado, após a liminar que havia suspendido o evento dois dias antes e depois foi derrubada.

Ainda segundo o presidente da Acrissul, o leilão também ganhou “caráter político” e repercussão nacional ao ser transmitido para todo país pelos canais AgroBrasil e Canal do Boi. A venda também se tornou uma marca, com edições previstas para ocorrer também nos Estado do Pará, Tocantins e Rio Grande do Sul.

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