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Capital

"Acabaram-se os milagres na Santa Casa", afirma diretor da unidade

Ricardo Campos Jr. | 18/04/2015 12:18
Diretor-presidente da ABCG, Wilson Teslenco (Foto: Alcides Neto)
Diretor-presidente da ABCG, Wilson Teslenco (Foto: Alcides Neto)

Após quatro meses suportando déficit de R$ 1 milhão na verba necessária para atender o SUS, “acabaram-se os milagres na Santa Casa de Campo Grande”, segundo o diretor presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco.

Ele não quis comentar as declarações sobre problemas de gestão financeira na unidade feitas pelo secretário municipal de Infraestrutura, Valtemir Alves de Brito, por acreditar que o chefe da pasta não tem conhecimento de causa para falar sobre o setor da saúde.

Para que a Santa Casa continue atendendo pela rede pública, segundo Teslenco, é preciso pelo menos R$ 4 milhões por mês. A situação foi exposta ao município no fim do ano passado. A administração pública passou a disponibilizar R$ 3 milhões e prometeu corrigir de vez o valor após a renovação do contrato, prevista para o início do mês.

Entretanto, além de voltar atrás, o município disse que só pode repassar R$ 1,5 milhão. Na quinta-feira, segundo Teslenco, o Executivo se reuniu com o Governo Estadual na tentativa de que ele viabilizasse o restante.

Conforme o diretor-presidente, o estado pediu que a Capital “segure as pontas” mantendo os R$ 3 milhões em abril e maio para que se organizasse e ajudasse o maior hospital de Mato Grosso do Sul. Ainda não há uma decisão final a respeito.

“A Santa Casa é expectadora dessa decisão. Legalmente, a unidade tem contratos e negocia com o município, prestando um serviço baseado no que a Capital manda”, afirma.

Segundo ele, a expectativa é que a situação seja resolvida até o fim do mês, caso contrário, o hospital terá que prestar apenas os serviços que o R$ 1,5 milhão permitir, cabendo à cidade redirecionar o restante par a rede própria. “Não fechar contrato nenhum não é uma possibilidade”, afirma Teslenco.

Reclamações - Valtemir reclama dos pedidos do hospital em aumentar o repasse. “Nada é suficiente”, opina. Para ele, a diretoria precisa começar a enfrentar os problemas dentro dos recursos disponíveis.

O secretário não quis comentar as negociações do repasse que estão sendo feitas junto à maior unidade de saúde de Mato Grosso do Sul.

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