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Capital

A pedido da defesa, Justiça atrasa 1º julgamento de “Pedreiro Assassino”

O júri popular sobre a morte de Timótio Pontes Roman, de 62 anos, deveria acontecer em 29 de outubro

Geisy Garnes | 14/09/2021 09:48
Cleber está preso desde 15 de maio do ano passado. (Foto: Silas Lima)
Cleber está preso desde 15 de maio do ano passado. (Foto: Silas Lima)

Uma viagem pré-agendada pela defesa adiou em um mês, o primeiro julgamento de Cleber de Souza Carvalho, que ficou conhecido como “Pedreiro Assassino”, após a descoberta de uma série de assassinatos em Campo Grande. O júri popular sobre a morte de Timótio Pontes Roman, de 62 anos, deveria acontecer em 29 de outubro, mas foi remarcado para o dia 10 de novembro.

Desde que a primeira data foi definida, o advogado Dhyego Fernandes Alfonso alegou viagem pré-agendada a outro Estado para adiar o julgamento para novembro. Na semana passada, o juiz Aluízio Pereira dos Santos acatou a mudança e remarcou o júri para o dia 10 de novembro. A decisão foi publicada no Diário de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Segundo a acusação, Cleber matou Timótio por uma dívida de R$ 3 mil. A vítima emprestou dinheiro de Cleber no fim de 2017. Em abril do ano passado, os dois se encontraram e a vítima prometeu quitar o débito. Foi quando o réu pediu que o homem, que também era pedreiro, fosse até a casa dele para fazer alguns serviços.

No dia combinado, 2 de maio de 2020, Ronan foi até o imóvel e disse que não tinha dinheiro, mas poderia pagar com trabalho. Irritado, o “Pedreiro Assassino” o atingiu na cabeça com um cabo de picareta. Depois do crime, Cleber arrastou o corpo e jogou em um poço, localizado na Rua Netuno, na Vila Planalto.

O “Pedreiro Assassino” é acusado de homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.

Serial killer – Cleber está preso desde 15 de maio do ano passado e hoje, é apontado como autor de sete homicídios. Os casos foram descobertos a partir de investigações sobre o desaparecimento de José Leonel Ferreira dos Santos, de 61 anos, que foi morto, segundo a acusação, com ajuda da esposa dele Roselaine Tavares Gonçalves, de 40 anos, e da filha Yasmin Natacha Souza de Carvalho, 19 anos.

Depois do homicídio, a família se mudou para a casa da vítima e foi justamente isso que chamou atenção de parentes da vítima. Preso, o pedreiro começou a confessar outros crimes. Além de José Leonel e Timótio Ronan, também matou José Jesus de Souza, de 45 anos, Roberto Geraldo Clariano, de 50 anos, Hélio Taíra, 74 anos, Flávio Pereira Cece, 34 anos e Claudionor Longo Xavier, de 47 anos.

Na fase de investigação, feita pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), ele levou as equipes aos locais em que enterrou corpos das vítimas.

Enquanto o primeiro caso já tem julgamento agendado, outro assassinato apenas começa a ser analisado pela Justiça. A morte de Flávio Pereira Cecé, que tramita na 1ª Vara do Tribunal do Júri, só terá a primeira audiência de instrução no dia 8 de junho de 2022. Ela será realizada por videoconferência.

A data foi determinada pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida no dia 9 de setembro. Na decisão, o juiz também ordenou a liberação dos restos mortais da vítima para sepultamento. Flávio foi morto a pauladas durante uma discussão causada pela medição de terreno, na Vila Planalto. Depois do crime, teve o corpo enterrado no local.

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