Academia soma 40 reclamações no Procon em menos de um mês
Alta nos registros contra a Big Gym ocorreu após fechamento de unidade; nova rede acumula nove queixas

O fechamento de duas unidades da rede de academias Big Gym provocou enxurrada de reclamações de clientes no Procon/MS (Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor). De 1º de janeiro a 25 de setembro, foram 52 registros contra a empresa, sendo 40 apenas neste mês.
RESUMO
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O fechamento de duas unidades da rede de academias Big Gym em Campo Grande provocou uma onda de reclamações no Procon/MS. Entre janeiro e setembro de 2023, foram registradas 52 queixas contra a empresa, sendo 40 apenas em setembro, após o encerramento sem aviso prévio da unidade na Avenida Eduardo Elias Zahran. A situação agravou-se quando a unidade da Avenida Mascarenhas de Moraes foi interditada pelo Procon devido a irregularidades, incluindo ausência de responsável técnico e alvarás. Clientes denunciaram a cobrança indevida de taxa extra de R$ 119,90 para manutenção dos contratos após a venda da unidade. A empresa também enfrenta processos judiciais por dívidas de aluguel que somam mais de R$ 86 mil.
Segundo o órgão, as queixas aumentaram após o encerramento das atividades da unidade da Avenida Eduardo Elias Zahran, sem aviso prévio aos consumidores, no dia 10 de setembro. Entre as reclamações estão 20 casos de cobrança e contestação de valores, 17 sobre contratos e ofertas e 11 relacionadas à falta de informações.
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Na quarta-feira (24), outra academia da rede, na Avenida Mascarenhas de Moraes, foi interditada pelo Procon. A fiscalização constatou ausência de responsável técnico registrado no CREF (Conselho Regional de Educação Física), falta de alvarás, de vistoria do Corpo de Bombeiros e de tabela de preços dos planos.
Consumidores relataram que receberam um comunicado tanto da Big Gym quanto de uma nova empresa, informando a venda da unidade e a cobrança de uma taxa extra de R$ 119,90 para manter os contratos. Alunos que não pagaram a taxa teriam sido impedidos de frequentar a academia.
A nova empresa, que não quis ser identificada, já acumula nove reclamações formais no Procon, todas relacionadas à cobrança da taxa de matrícula. O responsável pelo local disse que não vai se manifestar. A reportagem também procurou as proprietárias da Big Gym, mas não obteve resposta.
De acordo com o Procon, a cobrança de taxa adicional sem encerramento dos contratos anteriores caracteriza prática abusiva. A empresa tem 20 dias para apresentar defesa. O órgão lembra que, em casos de rescisão unilateral, os consumidores podem ter direito à devolução de valores pagos.
O Procon reforça que fornecedores são obrigados a dar informações claras e precisas sobre contratos e mudanças de serviços. Dúvidas e denúncias podem ser feitas pelo Disque Procon 151, aplicativo MS Digital ou site oficial.
Além das reclamações administrativas, a Big Gym também enfrenta processos na Justiça. Uma das ações aponta dívida de seis meses pelo aluguel de equipamentos, somando R$ 64,9 mil até agosto. Outro contrato de locação registra atraso de três meses, no valor de R$ 21,5 mil.
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