Acusado de crimes sexuais, ginecologista passa por julgamento ético
Salvador Walter Lopes de Arruda já teve o registro cassado, mas processos continuam sendo julgados
Acusado de importunação sexual, estupro e erros médicos, o ginecologista e ex-diretor Salvador Walter Lopes de Arruda será julgado pelo Conselho de Ética do CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) daqui a dez dias. A informação foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta terça-feira (9). Ele já foi cassado, mas os processos continuam em andamento.
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O ginecologista Salvador Walter Lopes de Arruda, acusado de importunação sexual, estupro e erros médicos, será julgado pelo Conselho de Ética do CRM-MS no dia 19 de setembro. O médico, que está em local desconhecido, participará da sessão por videoconferência. Com registro profissional cassado em 2023, Arruda teve prisão preventiva decretada em 2020 e é considerado foragido desde 2021. Entre as acusações, destaca-se o caso de uma professora universitária que denunciou assédio durante consulta em 2020, na Associação Santa Rita, em Campo Grande.
Conforme o texto, Salvador encontra-se em endereço desconhecido e o julgamento do processo ético-profissional será realizado por videoconferência no dia 19 de setembro deste ano, com início marcado para as 19h. A publicação ainda diz que, caso o médico não tenha como acessar a plataforma usada para a sessão, o CRM disponibilizará suporte para acesso; porém, a solicitação deve ser feita com 48 horas de antecedência.
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O Conselho já havia intimado Salvador para comparecer à oitiva do processo ético aberto em 2021. O edital já trazia a informação de que o ginecologista estava em lugar incerto e não sabido. Três anos depois, foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) a cassação do registro profissional do médico.
Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça em 2020 e, em abril de 2023, passou a figurar em um cartaz de procurado. A imagem foi divulgada pela Polícia Civil e, desde então, o ginecologista é considerado foragido. Em março daquele ano, ele chegou a ter um julgamento marcado por importunação sexual.
Já em maio de 2023, Arruda teve a liberdade provisória concedida pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande. A decisão é em relação à acusação de outubro de 2016 pelo crime contra a dignidade sexual.
Acusações — Na época, ele respondia a pelo menos quatro processos na esfera criminal, mas todos tramitavam em segredo de justiça e não há detalhes. Os casos vieram à tona quando uma professora universitária, na época com 28 anos, procurou o médico na Associação Santa Rita, no Jardim Monumento, um dos locais onde ele atendia, em agosto de 2020.
Ela contou à polícia que Salvador a assediou, inclusive com palavras de baixo calão, além de ter beijado a mão da denunciante, ter oferecido carona e ter pedido para que o esperasse após o expediente.
Conforme a denunciante, o profissional fez afirmações ainda mais íntimas sobre seus atos sexuais. Disse que pratica sexo anal e contou aventuras sexuais pessoais.
“Você deveria trepar, f..., você é muito gostosa”, disse outra vítima na 4ª Delegacia de Polícia, nas Moreninhas, onde o caso foi registrado.
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