Paciente em cuidados paliativos realiza sonho de visitar o Bioparque
Giselle queria sair, ainda que por pouco tempo, e sua equipe de cuidados transformou o desejo em plano

Na tarde em que atravessou as portas do Bioparque Pantanal, Giselle Maria Ferreira Lourenço viu aquários com peixes de água doce. e o mundo de novo. Aos 66 anos, paciente em cuidados paliativos, ela experimentou algo que para muitos é banal: sair de casa para um passeio.
RESUMO
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Giselle Maria Ferreira Lourenço, 66 anos, paciente em cuidados paliativos devido à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, realizou o sonho de visitar o Bioparque Pantanal. Acompanhada pela filha, neto e equipe médica da Unimed em Casa, Giselle, que há anos enfrenta limitações de saúde, pôde desfrutar de um passeio que representou um sopro de vida em meio aos desafios. A visita, cuidadosamente planejada pela equipe médica para garantir segurança e conforto, proporcionou à paciente momentos de alegria e liberdade. O passeio ao Bioparque simboliza a importância dos cuidados paliativos, que buscam não apenas tratar a doença, mas também valorizar a vida e os desejos dos pacientes, proporcionando dignidade e bem-estar mesmo em meio às adversidades.
Pode soar simples, mas para Giselle foi um presente raro. Há cerca de oito anos, recebeu o diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Desde 2023, vive sob cuidados paliativos, um acompanhamento que não olha apenas para o corpo doente, mas para a vida inteira do paciente suas emoções, medos, esperanças, e também para a família que caminha junto.
No começo do tratamento com a equipe do Unimed em Casa, Giselle mal saía do quarto. Mas pouco a pouco foi conquistando espaços: primeiro, a cozinha para o café da tarde; depois, conversas mais longas com a fisioterapeuta Naiana Soares Silva e o psicólogo Antonio Inácio da Silva. Foi num desses encontros que ela se permitiu dizer em voz alta um desejo guardado: queria sair, sentir a rua, ainda que por pouco tempo.
O pedido ganhou corpo. A equipe transformou a ideia em plano. Tudo com cuidado, alinhado à condição clínica de Giselle. O lugar escolhido foi o Bioparque Pantanal, mais acessível, seguro, cheio de belezas naturais.
No dia marcado, ela foi acompanhada pela filha, Bárbara Lourenço Mourão, e por um dos netos. Eles viram, juntos, o que parecia improvável se tornar realidade. “O passeio foi um verdadeiro sopro de vida para minha mãe. No começo, ela estava apreensiva, com medo de se sentir mal, em razão de sua condição de saúde, mas ao ver toda a equipe ao lado dela, se sentiu segura, e quando ela voltou para casa, parecia outra pessoa. Desde então, ela não para de olhar as fotos desse dia”, conta Bárbara.
Naiana, que acompanhou a paciente, lembra da cena com emoção: “Foi emocionante ver o brilho nos olhos dela e a expressão de liberdade. É uma sensação indescritível perceber que, com dedicação e amor, podemos proporcionar não apenas cuidado, mas também alegria e dignidade aos nossos pacientes”.
Entre aquários, luzes e reflexos, o passeio foi a prova de que cuidados paliativos não falam só de fim. “Os cuidados paliativos não são sobre o fim, mas sobre o presente. Sobre proporcionar a cada paciente viver com qualidade e dignidade, mesmo em meio às limitações”, resume Reginaldo Toble Falcão, coordenador.
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