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Capital

Alunos do Estado inteiro ficam sem aula por causa de protesto na Capital

Guilherme Henri | 10/06/2016 11:05
Além de interromper as aulas o protesto também prejudicou o trânsito da Capital.(Foto: Direto das Ruas)
Além de interromper as aulas o protesto também prejudicou o trânsito da Capital.(Foto: Direto das Ruas)

Alunos dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul ficaram sem aula por conta de uma manifestação de trabalhadores da educação da rede pública, que é realizada nesta sexta-feira (10), na Praça do Rádio, em Campo Grande. Até às 10h, caravanas de 55 municípios do Estado estavam presentes no movimento, que depois da concentração seguiu em passeata pela área central do município. O problema é que além de interromper as aulas o protesto também prejudicou o trânsito da Capital.

A manifestação é pela defesa da democracia; contra o fim do piso salarial e da hora-atividade; contra a reforma da previdência e o fim da aposentadoria especial dos professores; contra a privatização das escolas públicas; contra a retirada da obrigatoriedade dos recursos da Educação Pública (18% da União e 25% dos Estados e Municípios) da Constituição Federal; contra a alteração do regime de partilha na exploração do Pré-sal que destinaria recursos para a educação e saúde; e contra a Lei da Mordaça (cujo veto foi mantido ontem).

De acordo com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli são esperados 10 mil trabalhadores, porém a informação não foi confirmada pela Polícia Militar, que não estava presente na concentração. “Estamos lutando pelos nossos direitos e esse movimento não acaba aqui. Prova disso é que acontece em todo o país”, afirma o presidente.

A maioria dos participantes segurava balões com frases pedindo melhorias na educação. O diferencial é que as faixas, comum nos protestos foram colocadas no chão da praça. “É uma forma de chamar a atenção”, revela o presidente, que falava com ajuda de um caminhão de som.

Conforme divulgado pela assessoria da federação, escolas de municípios como Santa Rita do Pardo e Bela Vista pararam 100%. Na capital, a adesão foi parcial. Na rede municipal, a escola Professor Arlindo Lima teve aula normal. Já o colégio estadual Lúcia Martins Coelho fechou as portas hoje.

Representando Três Lagoas, a professora de educação física Vanessa Betti, 28 anos, estava acompanhada de mais 102 trabalhadores da educação do município. “Queremos mostrar que vamos lutar pelos nossos direitos e contra o retrocesso da educação do país”, destacou.

Opinião que foi compartilhada pela professora aposentada, Maria Leuda Mota, 60 anos, que ainda afirmou que a luta é pela defesa dos direitos da classe já adquiridos. “Não queremos que nenhum político mexa com nossos direitos”, disse.

Depois da concentração os manifestantes saíram em caminhada pela avenida Afonso Pena até a rua 14 de Junho e seguiram para a rua 13 de Maio retornando a praça pela rua Barão do Rio Branco.

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