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Capital

Amorim e Giroto entregam passaporte e precisam informar viagens

Aline dos Santos | 09/07/2016 10:22
Giroto e o cunhado Flávio foram presos na quinta-feira. (Foto: Marco Miatelo/Diário Digital)
Giroto e o cunhado Flávio foram presos na quinta-feira. (Foto: Marco Miatelo/Diário Digital)

A decisão que colocou o empresário João Amorim e o ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, em liberdade exigiu entrega de passaporte e que ausência da comarca de Campo Grande superior a sete dias seja comunicada à Justiça.

Ambos foram alvos da terceira fase da operação Lama Asfáltica, batizada de Aviões de Lama, realizada nesta semana pela PF (Polícia Federal), Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União). O terceiro preso é o empresário Flávio Henrique Garcia Scrocchio, cunhado de Giroto.

Ele continua no Centro de Triagem, em Campo Grande, à espera da chegada do passaporte. “Aguardamos a chegada do passaporte dele, que mora em Tanabi [São Paulo]. Uma pessoa está trazendo”, afirma o advogado Valeriano Fontoura.

Giroto foi preso no dia 7 e Amorim, que estava em viagem fora do Estado, se entregou no dia seguinte. Os dois deixaram o presídio, no Jardim Noroeste, na madrugada deste sábado. Os três já haviam sido colegas de cela na segunda fase da operação, quando ficaram mais de 40 dias atrás das grades.

A liminar para que fossem soltos foi concedida pelo desembargador do TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), Maurício Kato. “A liminar reconheceu que não existia esse fato novo. O pedido de prisão foi descabido”, afirma Valeriano.

De acordo com o advogado Renato Marques Martins, que atua na defesa de Amorim no TRF3, com sede em São Paulo, o pedido foi “equivocado”. Na nova etapa da investigação, foi apontada dilapidação de patrimônio. Ou seja, avião, que segundo a polícia foi obtido com recurso irregular e estava bloqueado desde a segunda fase da ação, acabou vendido.

Porém, conforme a defesa de Amorim, a aeronave foi comercializada antes do bloqueio. “Quando o juiz, na segunda fase, bloqueou, mandou sequestrar, tinha sido vendido. O João tem quase 90 veículos no nome dele e da Proteco. A facilidade de venda é muito grande, mas não saiu vendendo para se furtar de pagamento de qualquer dano” afirma.

Ainda de acordo com Renato, houve pedido de bloqueio da aeronave na primeira fase, realizada em 2015, mas foi indeferido. O bloqueio foi autorizado em maio deste ano, na etapa batizada de Fazendas de Lama, após a venda.

Desvio – A operação Lama Asfáltica aponta desvio de R$ 44 milhões em recurso público e que foi formada uma rede de “laranjas”, composta por familiares e terceiros, para lavagem do dinheiro de origem ilícita. Os valores foram transformados principalmente em fazendas, que totalizam 67 mil hectares espalhados por Mato Grosso do Sul.

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