Barbosinha diz que ação da PM em Caarapó foi "para evitar o que aconteceu no RJ"
Justiça determinou a saída dos militares, e a segurança na área de conflito ficará a cargo da Força Nacional
O vice-governador José Carlos Barbosa (PSD), o Barbosinha, disse que a presença da PM (Polícia Militar) na área de disputa entre indígenas e fazendeiros em Caarapó serviu para evitar mais conflitos e para “não acontecer o que está acontecendo no Rio de Janeiro”.
RESUMO
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A Polícia Militar deixou a área de conflito entre indígenas e fazendeiros na Fazenda Ipuitã, em Caarapó, Mato Grosso do Sul, após decisão judicial. O vice-governador José Carlos Barbosa defendeu a presença policial como medida preventiva para evitar confrontos similares aos ocorridos no Rio de Janeiro. A fazenda, que teve 11,4 mil hectares reconhecidos como território indígena em 2009, teve sua demarcação anulada pelo STF em 2014. O conflito atual envolve a ocupação de 50 hectares por famílias guarani-kaiowá desde setembro, com alegações de contaminação por agrotóxicos e denúncias de violência de ambos os lados.
No Rio, durante a Operação Contenção, realizada em 28 de outubro de 2025, a polícia estadual foi aos complexos da Penha e do Alemão para cumprir cerca de 100 mandados de prisão contra membros da facção Comando Vermelho. No total, 121 pessoas morreram, tornando essa a ação mais letal da história da capital fluminense.
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O vice-governador falou sobre o tema durante lançamento da Agenda Sustentável 2025, da Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul), no Bioparque Pantanal.
Sobre a situação em Mato Grosso do Sul, Barbosinha diz que, pela decisão judicial, o papel da PM em Caarapó era evitar conflitos com mortes. “Onde há crime contra patrimônio, contra a vida, a presença do Estado se faz importante”, avaliou. “Então, toda vez que o Estado é chamado, onde há caso de violência, ele está lá”, diz.
Ontem, o juiz Ewerton Teixeira Bueno, da 2ª Vara Federal de Dourados, determinou a saída da PM da área da Fazenda Ipuitã, ocupada por famílias Guarani-Kaiowá desde setembro e reivindicada pela produtora rural Luiza de Oliveira e pela Agropecuária Esperança S/A, autores da ação de reintegração de posse. A determinação foi cumprida ainda ontem pelos militares.
A decisão estabelece que a segurança no local deve ser feita exclusivamente pela Força Nacional de Segurança Pública ou pela Polícia Federal.
A presença da PM havia sido determinada por conta do episódio de embate, ocorrido no dia 25 de outubro, quando indígenas avançaram na propriedade e, segundo relato das autoridades policiais, haviam expulsado o caseiro e ateado fogo nas plantações e maquinários.
A comunidade também afirmou que a adolescente de 17 anos chegou a ser raptada, o que teria sido feito por funcionários da fazenda.
A Fazenda Ipuitã fica em território que teve 11,4 mil hectares reconhecidos como posse indígena em 2009, mas cuja demarcação foi anulada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2014, com base na tese do marco temporal. Hoje, cerca de 50 hectares são ocupados pelas famílias indígenas.
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