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Capital

Campo Grande vai ampliar vacinação contra hepatite A para conter surto

Sesau vai receber doses extras da Secretaria Estadual de Saúde; até o momento são 103 casos na Capital

Por Lucas Mamédio e Maristela Brunetto | 12/11/2024 18:09
Criança sendo vacinada contra hepatite A; na Capital, maioria dos casos é em adultos (Foto: Reprodução)
Criança sendo vacinada contra hepatite A; na Capital, maioria dos casos é em adultos (Foto: Reprodução)

Campo Grande vai ampliar o perfil de pessoas que podem ser vacinadas contra hepatite A. A Capital registra 103  casos da doença, segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). A maioria dos diagnósticos foi realizada em homens na faixa etária de 20 a 39 anos. A vacina para adultos, atualmente, só existe na rede privada.

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Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, ampliará o acesso à vacina contra hepatite A para grupos específicos, como usuários de PrEP, contactantes sexuais de casos confirmados, e contactantes domiciliares de pessoas privadas de liberdade. Essa medida visa conter o aumento de casos da doença, que atinge principalmente homens entre 20 e 39 anos. A vacina faz parte do calendário infantil e está disponível no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para pessoas com condições de saúde específicas. A hepatite A é uma doença viral transmitida via fecal-oral, frequentemente associada à falta de saneamento básico e higiene, e pode ser prevenida por vacinação e boas práticas de higiene.

As pessoas que poderão ter acesso às vacinas extras são as usuárias de PrEP, contactantes sexuais de casos com infectados, contactantes domiciliares, na faixa etária entre 11 e 39 anos, de casos com infectados e contactante de pessoa privada de liberdade com diagnóstico confirmado, como medida de contenção do aumento do número de casos de hepatite A no Município de Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul.

No entanto, a secretaria ainda avalia como será essa vacinação na questão dos locais e datas. A certeza é que o Ministério da Saúde recomendou a vacina para público descrito anteriormente.

A vacina contra a hepatite A faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos – 4 anos, 11 meses e 29 dias). A vacina também está disponível no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para pessoas acima de 1 ano de idade com algumas condições de saúde como, por exemplo, os portadores de hepatopatias crônicas, da hepatite B e coagulopatias, doença imunodepressora, fibrose cística, trissomias e pessoas vivendo com HIV ou aids.

O CRIE em Campo Grande fica no ambulatório do HRMS na AV. Engenheiro Lutero Lopes, 36, bairro Aero Rancho.

Orientações - Nota técnica divulgada pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) traz orientações sobre as formas de transmissão e as diretrizes relacionadas à vigilância e assistência a essa população.

A hepatite A é uma doença viral que pode ser prevenida por vacina. Sua transmissão ocorre via fecal-oral, frequentemente associada ao consumo de água ou alimentos contaminados, e também a condições precárias de saneamento básico e higiene.

A contaminação pode se dar através do contato pessoal, próximo ou sexual. Entre os primeiros sintomas estão fadiga, mal-estar, febre e dores musculares, que podem ser seguidos por enjoo, vômitos, dor abdominal e alterações gastrointestinais, como constipação ou diarreia. Urina escura e icterícia (pele e olhos amarelados) também são sinais característicos da infecção.

 O período de incubação do vírus varia de 15 a 50 dias, e os sintomas geralmente desaparecem em menos de dois meses. O diagnóstico é realizado por exame de sangue, mas não há tratamento específico para a hepatite A, sendo a hospitalização indicada apenas em casos de insuficiência hepática aguda. A automedicação, especialmente com o uso de paracetamol, é desaconselhada, já que pode agravar o quadro clínico.

Prevenção e cuidados - Para prevenir a doença, a Sesau recomenda práticas simples de higiene, como lavar as mãos antes de manusear alimentos, lavar frutas e vegetais com solução de hipoclorito de sódio e cozinhar bem os alimentos. Em ambientes públicos, é recomendada a desinfecção regular de superfícies e objetos com hipoclorito de sódio. Além disso, a população deve evitar tomar banho em locais contaminados por esgoto e o compartilhamento de utensílios como bombas de tereré e narguilés.

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