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Capital

Capital sofre com acúmulo de lama e sujeira depois de alagamentos

Kleber Clajus | 05/01/2014 09:26
Cruzamento entre a Avenida Rachid Neder com Rua Rui Barbosa amanheceu tomada por pedras trazidas pela enxurrada (Foto: Cleber Gellio)
Cruzamento entre a Avenida Rachid Neder com Rua Rui Barbosa amanheceu tomada por pedras trazidas pela enxurrada (Foto: Cleber Gellio)
Ruas foram tomadas ontem pela água da chuva e secretário avalia que problema só será resolvido com política para drenagem (Foto: Mariana Lopes)
Ruas foram tomadas ontem pela água da chuva e secretário avalia que problema só será resolvido com política para drenagem (Foto: Mariana Lopes)

O titular da Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, vistoria hoje os estragos causados pela forte chuva que caiu em Campo Grande, na noite de ontem (5), em que residências foram invadidas pelas águas, carros levados pela enxurrada e 11 bairros apresentaram problemas.

De acordo com Semy, o domingo é de mobilização para que equipes de limpeza possam resolver problemas de acúmulo de lama e cascalho resultante de enxurradas ocorrida nos bairros. Por outro lado, o secretário avalia que uma solução efetiva deve ocorrer mesmo só amanhã (6), uma vez que “não há plantão fixo para limpeza e o serviço é terceirizado”.

Em compensação, a reforma na barragem do Córrego Sóter, entre a Rua Naviraí e a Avenida Mato Grosso, suportou a pressão da água e ajudou a amenizar o problema de alagamentos na região da Via Park. O mecanismo, estruturado para conter enchentes, havia sido parcialmente destruído no dia 11 de novembro.

Já a obra que atenderia os bairros Marcos Roberto, Jardim Paulista e Jockey Clube, que está 85% concluída, favoreceu o acúmulo de água no local e resultou na invasão de residências, como da moradora do Marcos Roberto, Laís da Silva, que chegou a pedir socorro à Defesa Civil, mas não foi atendida “porque a equipe estava reduzida”. O problema no local, de acordo com Semy, é de que o empreendimento ainda não está interligado a rede de drenagem.

“Esperamos concluir a obra e resolver essa questão em dois meses para evitar novos alagamentos”, estima Semy.

Quanto a Rua Chaadi Scaff, inundada pelo córrego Vendas, o titular da Seintrha ressalta que “só uma obra mais estruturante” vai resolver o problema, assim como na área da Rua Bahia.

Para Semy, o que resolverá o problema dos alagamentos em Campo Grande será a incorporação de uma política de manutenção e operação da rede de drenagem. Outro ponto ressaltado pelo secretário é de que a população evite jogar lixo na rua e próximo aos bueiros, uma vez que isso contribuiu para entupir o sistema de escoamento da água, favorecendo alagamentos e enchentes.

Estragos – Na noite de ontem (4), foram registrados problemas nos bairros Aero Rancho, Jockey Clube, Marcos Roberto, Taquarussu, Jacy, Monte Castelo, Santo Antônio, Guanandi II, Vila Célia, Jardim dos Estados e no Centro de Campo Grande.

Um Toyota Corolla foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros no Marcos Roberto, mas seus ocupantes conseguiram sair antes. Já no Shopping Norte Sul, 10 veículos foram invadidos pelas águas do Rio Anhanduí. Em alguns casos, a água alcançou os bancos dos automóveis e até o motor, segundo o motorista Sidmar Souza Bitencourt, 26 anos.

Na Rua Ouro Verde, esquina com a Rua Amapolas, no Bairro Jockey Clube, as residências da mãe e de tios de André Luiz Pereira, 30 anos, também foram ocupadas pela água e o cruzamento da Avenida Mato Grosso com a Rua Bahia ficou intransitável.

De acordo com dados da Prefeitura de Campo Grande na região do Prosa II foi observada a maior precipitação de chuva, com 63,5 milímetros. Na região do Hospital Regional, foram registrados 55,5 milímetros e, na região da Universidade Católica Dom Bosco, 25.

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