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Capital

Com pneus, bolsonaristas intensificam protesto e bloqueiam via em frente ao CMO

Promessa de apoiadores é que manifestação dure pelo menos 72 horas

Karine Alencar e Ana Beatriz Rodrigues | 31/10/2022 19:27
Manifestantes colocando pneus na Avenida Duque de Caxias em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Manifestantes colocando pneus na Avenida Duque de Caxias em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Ainda sem aceitar o resultado do pleito de 2022, bolsonaristas decidiram bloquear a Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, com pneus, assim como nos 32 trechos federais do Estado, que começaram a ser interditados como forma de protesto desde a noite deste domingo (30).

A manifestação em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste) começou às 17h desta segunda-feira (31). Com cartazes e placas que carregam a cor verde e amarela, os manifestantes mandam recado aos caminhoneiros que também permanecem nas rodovias, dizendo "vocês não estão sozinhos".

O trecho da via está comprometido no sentido centro/aeroporto, e para evitar medidas do Batalhão de Choque, os bolsonaristas decidiram deixar apenas a faixa de tráfego do transporte público coletivo liberada, para motoristas que precisam passar pelo local.

Aos gritos, buzinaços e rezas, apoiadores gritam palavras de ordem e exigem que o artigo 142 da Constituição de 1988 seja executado, ou seja, uma intervenção militar. O dispositivo, que disciplina a função das Forças Amadas no País, é um dos jargões constantemente usado em falas da base bolsonarista.

Apoiadores gritam e exigem que o artigo 142 da Constituição de 1988 seja executado. (Foto: Aléx Machado)
Apoiadores gritam e exigem que o artigo 142 da Constituição de 1988 seja executado. (Foto: Aléx Machado)

A promessa é de 72 horas interruptas de manifestação, que reúne desde idosos a bebês, mesmo com o mau tempo na Cidade. Na ocasião, eles se espalham pelas ruas e aguardam o fechamento dos semáforos, depois se ajoelham em frente aos carros, cantam o Hino Nacional e oram pelo Brasil.

Contradizendo o candidato ao Governo do Estado, deputado estadual Renan Contar (PRTB), que declarou ter aceitado o resultado das urnas, seu aliado Humberto Sávio Abussafi Figueiró (PRTB) subiu no palanque de manifestação em frente ao CMO para dizer que está disposto "a ir até as últimas consequências para não entregar o Brasil na mão dessa esquerda".

No alto do trio elétrico, Juliana Gaioso Pontes, que já foi denunciada por envolvimento em grupos extremistas e crimes contra o estado democrático de direito, a ex-assessora exonerada do gabinete da senadora Soraya Thronicke (PSL) em 2020, é uma das figuras que também comandam o protesto.

Juliana Gaioso denunciada por envolvimento em grupos extremistas com o microfone na mão. (Foto: Paulo Francis)
Juliana Gaioso denunciada por envolvimento em grupos extremistas com o microfone na mão. (Foto: Paulo Francis)


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