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Capital

Constrangidas, adolescentes têm depoimentos sobre exploração sexual adiados

Nyelder Rodrigues e Bianca Bianchi | 16/02/2016 20:03

A audiência sobre o esquema de exploração sexual de adolescentes em Campo Grande, envolvendo políticos e empresários locais, foi suspensa após duas das adolescentes que iriam depor alegaram estar constrangidas.

Hoje (16), a Justiça ouviria testemunhas - três garotas menores de 18 anos e apontadas como vítimas da exploração - e duas das três acusadas de agenciar as meninas. Apenas duas testemunhas de acusação foram ouvidas.

Uma delas foi Fabiano Otero, indicado como mentor do esquema e pivô da ação, já que optou pela delação premiada em outro caso, o do escândalo envolvendo o ex-vereador Alceu Bueno e o ex-deputado estadual Sérgio Assis.

De acordo com Otero, três mulheres agenciavam as adolescentes: Rosedélia Soares, conhecida como Rose, 41 anos, Jorciane Correia e Mônica Matos, essa última ainda foragida. A defesa de Rose e Jorciane nega.

"A Rose assume que é uma empresária ligada ao sexo, mas ela afirma que não lida com menores", explicou o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa. Os novos depoimentos serão prestados no dia 6 de abril.

As adolescentes serão ouvidas em separado, com acompanhamento psicológico. Medida cautelar será expedida para evitar a aproximação das acusadas das jovens, evitando assim mudança de versão no depoimento ou ocultação de informações.

Conforme a investigação, as garotas seriam "entregues" ao empresário José Carlos Lopes. O policial civil que participou das investigações também prestou depoimento hoje.

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