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Capital

Cuidadora chega à delegacia e polícia espera desvendar morte de idoso

Lidiane Kober e Filipe Prado | 10/09/2014 16:57

A cuidadora de Adolfo Coelho de Souza, vítima de um suposto erro médico durante tratamento de câncer na Santa Casa chegou agora a pouco da Primeira Delegacia de Campo Grande. Ela é uma das esperanças da polícia para ajudar a esclarecer a morte do homem de 82 anos.

Por enquanto, a cuidadora só foi identificada como Elza. Ela estava com o idoso no momento que o medicamento, que teria causado o óbito, foi aplicado. À delegada Ana Claúdia Medina, ela adiantou alguns procedimentos estranhos no dia.

Primeiro, lhe causou surpresa o barulho acelerado do bip do aparelho que fazia a infusão do medicamento. Em seguida, o equipamento teria sumido. A enfermagem, segundo a cuidadora, teria afastado problemas no bip, porém, depois, atribuiu o desaparecimento porque "a máquina quebrou”.

A polícia investiga a informação de que o tempo de infusão do medicamento, que deveria ser feito gradativamente ao longo de cinco dias, foi realizado em 120 minutos. Logo após a sessão, o idoso começou a apresentar reações adversas e morreu no dia 29. O erro consta em um documento cedido pelo médico Henrique Ascenço, diz a delegada.

A 1ª DP também apura as mortes de Carmen Insfran Bernad, Norotilde Araújo Greco e Maria da Glória Guimarães. A três faleceram após tratamento de quimioterapia realizado na Santa Casa.

O serviço era feito por uma empresa terceirizada, que teve o contrato rompido, logo depois de os óbitos virem à tona. Ainda por causa das mortes, a Santa Casa anunciou que vai interromper os serviços de oncologia.

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