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Capital

Decon e Garras recolhem garrafas de cachaça e vodka em conveniência e mercado

Apreensões são decorrentes da investigação de morte suspeita de intoxicação por metanol

Por Silvia Frias e Bruna Marques | 03/10/2025 10:33
Decon e Garras recolhem garrafas de cachaça e vodka em conveniência e mercado
Caixa é lacrada e levada para exame pericial (Foto: Bruna Marques)

A Polícia Civil está recolhendo garrafas de cachaça e vodka em um mercado e em uma conveniência no bairro Jardim Colibri, durante a investigação da morte de rapaz de 21 anos, suspeita de intoxicação por metanol. O jovem teria ingerido bebida alcoólica comprada em um desses estabelecimentos, ambos próximos à sua casa.

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A Polícia Civil investiga a morte de um jovem de 21 anos por suspeita de intoxicação por metanol em Campo Grande. Equipes da Decon e do Garras, com apoio da Vigilância Sanitária e do Procon, recolhem garrafas de cachaça e vodka em estabelecimentos comerciais próximos à residência da vítima. O rapaz, que apresentava histórico de etilismo há nove anos, começou a passar mal na madrugada de quinta-feira com dores no estômago e vômitos. Levado à UPA Universitário, sofreu crises convulsivas e paradas cardiorrespiratórias, vindo a óbito às 19h53, após tentativas de reanimação.

Equipes da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) atuam na conveniência, enquanto policiais do Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) estão no mercado. A ação conta ainda com apoio da Vigilância Sanitária e do Procon/MS.

O mercado fica a cerca de 200 metros da conveniência e na mesma quadra da residência do rapaz. Neste estabelecimento, os policiais recolheram duas caixas de cachaça da mesma marca consumida pela vítima antes de passar mal e ser levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário.

Decon e Garras recolhem garrafas de cachaça e vodka em conveniência e mercado
Equipes fazem fiscalização em estabelecimento no Jardim Colibri (Foto: Bruna Marques)

O proprietário do mercado não estava presente e a gerente se recusou a falar. A reportagem apurou ainda que foi encontrada uma garrafa cheia de vodka em volume incomum, o que pode indicar adulteração.

Na conveniência, foram recolhidas três caixas de cachaça do mesmo lote das que foram apreendidas no mercado.

Conforme boletim de ocorrência, ele havia ingerido whisky no sábado, cachaça no domingo, mas há relatos da família que indicam que ele tinha bebido da noite de quarta (1°) para quinta-feira (2).

Na quinta-feira, começou a passar mal, queixando-se de dores no estômago, náuseas e vômito escuro. Ele desmaiava e recobrava a consciência, até que a família acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ele foi levado consciente até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, onde passou pela triagem e foi classificado com a cor amarela, aguardando no saguão.

Decon e Garras recolhem garrafas de cachaça e vodka em conveniência e mercado
Volume em garrafa de vodka seria indício de adulteração (Foto: Bruna Marques)

Quinze minutos depois, o quadro se agravou. Conforme o registro da ocorrência, ele apresentou uma crise convulsiva, perdeu a consciência e foi levado à sala vermelha, já em parada cardiorrespiratória.

As equipes médicas realizaram manobras de reanimação e intubação. Após 36 minutos, houve retorno da circulação, mas logo em seguida ele sofreu nova parada. Foram mais 12 minutos de tentativas, sem sucesso. O óbito foi declarado às 19h53.

O prontuário médico ainda registrava histórico de etilismo, iniciado há cerca de nove anos.


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