Em depoimento, meninas confirmam abusos de vizinho que teve casa incendiada
Uma das vítimas ainda relata que filha do suspeito também foi abusada com ela
RESUMO
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Em depoimento especial, três meninas de 6, 8 e 11 anos confirmaram terem sido abusadas sexualmente por um vizinho de 47 anos em Campo Grande. O caso veio à tona após a escola alertar as mães sobre o comportamento sexual inadequado das crianças mais novas. As vítimas relataram que o suspeito as chamava para atos libidinosos, proferia palavras impróprias e realizava toques íntimos. Uma das meninas também denunciou possível abuso contra a filha do próprio acusado. O caso gerou revolta na comunidade, resultando em um protesto que culminou no incêndio da residência do suspeito.
Em depoimento especial na delegacia, as três meninas de 6, 8 e 11 anos confirmaram que foram abusadas sexualmente pelo vizinho de 47 anos que teve a casa incendiada na noite de terça-feira (17). O crime revoltou a comunidade e aproximadamente cem pessoas danificaram a residência na região da Vila Nasser, em Campo Grande.
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A denúncia foi registrada pelas mães das vítimas no domingo (14). As mulheres procuraram a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) após serem chamadas pela escola das meninas de 6 e 8 anos por conta do comportamento "sexual aflorado" de ambas. Foi então que as mães relataram os abusos.
Segundo a menina de 6 anos, o vizinho as chamava de “gostosas” e as beijava na boca. No setor de atendimento psicossocial da delegacia, ela relatou ainda que a filha do homem, menina de 10 anos, também foi abusada. “Em mim não doeu, mas nela doeu”, disse em depoimento.
As duas meninas ainda relatavam que o vizinho as chamava para ter relações sexuais. Após a denúncia, a terceira vítima, de 11 anos, também contou ter sido abusada. Na delegacia, ela alegou que o homem a agarrava por trás quando brincava com a filha dele e passava as mãos em suas partes íntimas.
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou que casos de estupro de vulnerável são investigados em sigilo e, por isso, não serão repassadas informações. As mães das crianças relataram ao Campo Grande News que estão preocupadas com a liberdade do homem.
“A gente quer que a filha dele seja ouvida também. Foi premeditado; ele sabia que fariam alguma coisa contra ele e então registrou boletim de ocorrência por calúnia. Ele não é bobo; a gente quer que ele seja preso. Deve haver mais vítimas. A gente está com medo”, disseram as mulheres.
Caso — De acordo com o boletim de ocorrência, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados por volta das 18h30 de ontem. Em frente à residência do suspeito, estavam aproximadamente 100 pessoas arremessando pedras, e o incêndio já havia começado enquanto os moradores clamavam por justiça.
Os militares fizeram contato com três mulheres que relataram que suas filhas haviam sido vítimas de abuso sexual. Elas relataram que o dono da residência praticava o crime contra as meninas e, após a informação se espalhar pela comunidade, decidiram atear fogo na casa, já que o homem fugiu.
A equipe do Corpo de Bombeiros controlou as chamas e os policiais da Força Tática contiveram a população. O caso foi registrado na delegacia e está sob investigação.
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