Há 13 anos esquecida, "Cidade dos Ônibus" pode virar polo logístico para a Rota
Atualmente, a área próxima ao Anel Viário está sem uso e tomada por mato
A Prefeitura de Campo Grande está avaliando transformar a antiga "Cidade dos Ônibus" em um polo logístico para atender às demandas do Corredor Bioceânico de Capricórnio, a Rota Bioceânica. O projeto foi lançado em 2012, mas ficou no esquecimento e nunca saiu do papel.
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Após 13 anos de esquecimento, a Prefeitura de Campo Grande planeja revitalizar o projeto "Cidade dos Ônibus", transformando-o em um polo logístico estratégico para a Rota Bioceânica. A área de 20 hectares, antes destinada a abrigar garagem, oficinas e alojamentos para ônibus, agora visa atender às demandas do Corredor Bioceânico de Capricórnio. A proposta busca atrair empresas de logística, como transportadoras e serviços de caminhões, consolidando a cidade como um hub logístico na região. O projeto original, lançado em 2012 com investimento previsto de R$ 75 milhões, nunca saiu do papel. A retomada das discussões em 2024 considera a importância da Rota Bioceânica para o desenvolvimento econômico. Entre os desafios para a concretização do polo logístico estão a construção de uma rotatória, asfaltamento e iluminação da área. A Prefeitura busca parcerias com o Governo do Estado e o setor privado para viabilizar as obras necessárias. A iniciativa se alinha com as discussões da Câmara Municipal sobre a criação da Lei Municipal do Corredor Bioceânico, que prevê investimentos em infraestrutura e logística para a região.
Na época, o investimento previsto era de R$ 75 milhões em uma área de 20 hectares, localizada na BR-163, próxima ao anel viário. A ideia era criar uma garagem de ônibus, oficinas, alojamentos, posto bancário e posto de combustível.
Atualmente, o local está sem uso e tomado pelo mato. A estrutura do outdoor foi instalada para anunciar a chegada do empreendimento há 13 anos.
Segundo o superintendente de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande, Luciano Rodrigues, o novo projeto começou a ser debatido neste ano. A proposta é atrair empresas com foco logístico, reunindo em um só lugar transportadoras e serviços de caminhões, por exemplo.
"A Rota de Desenvolvimento está em pleno vapor e uma das nossas lições é sermos um hub logístico. Nós já iniciamos a discussão sobre a antiga Cidades dos Ônibus, nós queremos transformar aquele lugar em um polo logístico do poder público. A gente sabe que o setor privado tem crescido e se desenvolvido", adiantou ao Campo Grande News.
Ainda de acordo com ele, há desafios a serem superados, como a criação de uma rotatória em frente ao local, asfaltamento e iluminação.

"Isso é algo que nós já estamos discutindo com o Governo do Estado e o setor produtivo porque o lugar existe. Ali haverá um desafio para implantar uma rotatória em frente ao local. Essas conversas já se iniciaram."
Na semana passada, a Câmara Municipal sediou audiência pública para discutir a criação da Lei Municipal do Corredor Bioceânico. Entre as propostas debatidas estavam a definição de áreas para centros logísticos e pátios de triagem, os investimentos nas vias de acesso ao anel rodoviário, a implantação de sinalização bilíngue e a criação de um centro de atendimento ao turista e ao transportador.
A Ponte Internacional da Rota Bioceânica, que ligará Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai, já está 75% concluída. A previsão é de que a obra seja finalizada no segundo semestre de 2026.
A ponte terá 1.294 metros de extensão e 21 metros de largura. A expectativa é que a rota reduza em até 30% os custos logísticos e encurte em 15 a 17 dias o tempo de transporte em comparação com o trajeto tradicional pelo Porto de Santos.
Desenvolvimento – Neste ano, o Codecon (Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico) já aprovou R$ 200 milhões em novos investimentos na Capital. O grupo vota em pedidos de incentivos das empresas, que, em contrapartida, oferecem empregos e investimentos para Campo Grande.
Esses projetos também podem estar relacionados aos benefícios oferecidos pelo Prodes (Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande). Normalmente, essas empresas se instalam nos Polos Empresariais Oeste e Norte.
Ainda conforme o superintendente, Campo Grande tem sido constantemente procurada por grandes grupos.
"Temos sido procurados; há grandes grupos que vêm conversar com Campo Grande para avaliar investimentos. Campo Grande tem pontos importantes para a atração de investimentos: é a primeira cidade do Centro-Oeste em competitividade econômica, está entre as cidades mais seguras para se morar e é uma cidade verde. A Capital está melhorando o ambiente de negócios para a atração de investimentos", finalizou.
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