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Capital

Facção usava sistema de "caixinha" para financiar compra de armas

Operação cumpre mandados contra núcleo financeiro do grupo em Campo Grande e mais 5 cidades da Paraíba

Por Ana Paula Chuva | 18/09/2025 08:19
Facção usava sistema de "caixinha" para financiar compra de armas
Integrantes da FICCO de Paraíba na saída para cumprimento de mandados (Foto: Divulgação | PF)

A FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) da Paraíba deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), a segunda fase da Operação Stakeholders II que mira integrantes de facção que usava o método de “caixinha” para arrecadar dinheiro, comprar armas, custear a logística e enviar dinheiro aos integrantes presos. Ao todo, são cumpridas 13 ordens de busca e dez de prisão preventiva em Campo Grande (MS) e em outras cinco cidades da Paraíba.

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Operação Stakeholders II combate facção criminosa na Paraíba. Polícia Federal cumpre mandados de prisão e busca em seis cidades, visando desarticular núcleos financeiro, administrativo e de comando da organização. Investigações revelam esquema de "caixinha" para financiar compra de armas, logística e sustento de presos. Facção utilizava contas bancárias e Pix em nome de laranjas para arrecadar recursos. Grupo mantinha "cadastreiras" para gerenciar dados de integrantes, controlar territórios e hierarquia. Núcleo de comando ordenava exclusões, mortes e expansão da facção. Ação policial visa enfraquecer a estrutura e neutralizar o comando da organização criminosa.

De acordo com a Polícia Federal, o objetivo da ação é desarticular três núcleos estratégicos da facção: o financeiro, o administrativo e o de comando, composto por presidentes e conselheiros do grupo criminoso que domina a Paraíba. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Regional de João Pessoa, que também determinou o sequestro de bens e valores.

As investigações apontaram que a facção mantinha sofisticado esquema para arrecadar dinheiro de forma ilícita, conhecido como “caixinha”, usando contas bancárias e Pix em nome de laranjas. Os valores eram usados para comprar armamentos, custear a logística e manter os membros do grupo que estão no sistema penitenciário.

Facção usava sistema de "caixinha" para financiar compra de armas
Organograma de grupo crimonosos, segundo investigação da PF (Arte: Divulgação)

O núcleo administrativo operava com “cadastradoras” para o gerenciamento do banco de dados dos integrantes, o controle dos territórios dominados e a manutenção da hierarquia interna. O núcleo de comando ditava as ordens, incluindo exclusões, decretos de morte e expansão do domínio.

A ação conta com mais de 70 policiais. Dentre as ordens judiciais, um mandado de prisão é cumprido na capital sul-mato-grossense. Os demais mandados são cumpridos nas cidades de João Pessoa, Sertãozinho, Guarabira, Santa Rita e Campina Grande, todas na Paraíba, para “asfixiar patrimonialmente a facção, enfraquecer a estrutura organizacional e neutralizar a capacidade de comando”, diz a FICCO.

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