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Capital

Empresa responderá por crime ambiental após querosene cair em córrego

Conforme o Corpo de Bombeiros, foram utilizados cerca de 40 mil litros de água para conter risco de incêndio

Por Clara Farias e Raíssa Rojas | 06/06/2025 12:37
Empresa responderá por crime ambiental após querosene cair em córrego
Querosene de aviação despejado em rua, no Nova Campo Grande (Foto: Raíssa Rojas)

O vazamento de cinco mil litros de querosene de aviação nas ruas do Bairro Nova Campo Grande, na manha desta quinta-feira (6), poluiu o Córrego Imbirussu, concluiu a perícia da Polícia Civil. De acordo com a Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), o crime foi enquadrado, inicialmente, como poluição ambiental e a empresa responderá processo administrativo.

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Vazamento de querosene de aviação polui córrego em Campo Grande. Cinco mil litros do combustível vazaram de um caminhão no bairro Nova Campo Grande, contaminando o Córrego Imbirussu. A Polícia Civil abriu inquérito por crime ambiental e a empresa responsável responderá a processo administrativo. Falha mecânica em válvula do tanque causou o incidente. O caminhão, que transportava o querosene, teve problemas quando parou em uma borracharia. Bombeiros usaram 40 mil litros de água e espuma para conter o risco de incêndio. O combustível escorreu para bocas de lobo, e uma empresa especializada trabalha para evitar maior contaminação. Ninguém ficou ferido.

Ainda conforme Decat, foi instaurado o inquérito policial. O motorista não foi liberado do local devido a operação de transbordo. O motorista e o proprietário da empresa serão ouvidos pela Polícia Civil na semana que vem. "Na delegacia checaremos a documentação do caminhão e da carga/transporte", detalhou a delegada responsável pela Decat, Gabriela Staile.

O incidente foi provocado por uma falha mecânica em uma válvula do tanque traseiro de um caminhão que realizava o transporte do combustível. A situação mobilizou uma grande operação de contenção e prevenção a incêndios. Segundo o segundo-tenente Vinícius Nascimento de Casta, do Corpo de Bombeiros, o problema aconteceu quando o veículo encostou em uma borracharia na esquina das ruas 51 e 57 para consertar os pneus.

“Houve uma falha na válvula da parte posterior do caminhão, e o combustível começou a vazar. O caminhão tem três compartimentos; o vazamento foi no último deles”, explicou o oficial.

Para conter o risco de incêndio, os bombeiros utilizaram cerca de 40 mil litros de água e lançaram LGE (Líquido Gerador de Espuma) na área afetada. “A espuma foi utilizada de forma preventiva para resfriar o tanque, evitar a formação de gases inflamáveis e cobrir a área contaminada, reduzindo o risco de ignição”, completou Casta.

Testemunhas relataram que ouviram um forte estouro quando o caminhão encostava no local. Inicialmente, pensaram que se tratava da explosão de um pneu. O som, segundo o Corpo de Bombeiros, foi o estouro de uma peça do sistema de ar do caminhão, que acabou comprometendo a válvula do tanque.

Empresa responderá por crime ambiental após querosene cair em córrego
Corpo de Bombeiros no local do acidente (Foto: Raíssa Rojas)

A situação causou pânico em quem estava por perto. O borracheiro Alex Góis de Araújo, de 24 anos, presenciou o vazamento. “Estourou lá embaixo e começou a vazar. Pedimos no susto para ele puxar para a rua. Foi um barulho forte, achamos que era pneu”, relatou.

O risco foi potencializado pelo fato de o caminhão ter permanecido por alguns minutos no pátio da borracharia, onde há ferramentas que geram faíscas. Além disso, outro caminhão, carregado com botijões de gás, estava estacionado ao lado. “Até os bombeiros chegarem, estava passando motorista toda hora, duas mulheres de moto quase escorregaram no querosene”, contou Ondinei Barreto, de 42 anos.

Outro ponto crítico foi o escoamento do combustível para as bocas de lobo. Técnicos da Ambipar, empresa especializada em emergências ambientais, foram acionados e iniciaram o processo de rastreabilidade para evitar que o querosene chegue aos córregos da região. O motorista do caminhão acompanhou os técnicos da empresa para ver até onde chegou o querosene.

Apesar do susto e da gravidade da ocorrência, ninguém ficou ferido. As ruas seguem interditadas para a limpeza e remoção de resíduos inflamáveis. Ainda não há informações se o motorista do caminhão será responsabilizado pelo dano ambiental.

(*) Matéria atualizada às 13h15 para acréscimo de informação

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