Família Name acompanha júri à distância e Jamilzinho deixa plenário chorando
Parentes acompanharam o evento de longe e recebiam informações o tempo todo por ligações ou videochamada
A família Name não deu as caras no plenário do Tribunal do Júri durante os três dias de julgamento, mas se fez presente através de ligações e entrega de remédios e óculos de grau. Chamou atenção também cena nesta noite em que Jamil Name Filho chora e é retirado de plenário ao ser citado o nome do pai, Jamil Name, que faleceu de covid-19 em 2021.
Policiais penais federais ajudaram nesse acesso e hoje à noite, antes de cair em prantos, Jamilzinho recebeu medicamento que foi entregue pelos agentes federais. Não se sabe que remédio é, mas pelo que presenciou a reportagem, um homem recebeu a caixa das mãos da ex-sogra dele e entregou para um dos advogados.
Um pouco mais tarde, Name Filho ouve o advogado de Marcelo Rios, Luiz Renê Gonçalves do Amaral, discorrer sobre o que teria sido ilegalidade na prisão de seu pai. Em setembro de 2019, quando houve a primeira fase da Operação Omertà, Jamil Name, o "Velho", tinha 80 anos, e a lei impede prisões nessa fase da vida.
Jamilzinho ouve isso e começa a mudar a fisionomia. O advogado continua, dizendo que a Justiça manteve Name preso mesmo no ano seguinte, em plena pandemia de covid-19 e que por causa disso, juízes e promotores poderiam ser acusados de o terem matado.
Name Filho então cai no choro, é amparado pelo advogado Eugênio Malavasi e pouco depois sai do plenário. Ele volta cinco minutos depois, recomposto.
Ligações - Mesmo sem participar do júri, a família Name acompanhou o evento e recebia informações o tempo todo. Um homem, que negou se identificar à imprensa, ligou várias vezes para uma "Cinthya Name", provavelmente a prima de Jamilzinho, Cinthya Name Belli.
Em um desses contatos, feito após a fala forte da mãe de Matheus, que atuou como assistente de acusação, a reação de Cinthya deve ter sido das piores, porque o interlocutor respondeu: "Calma, calma, eu não tiro a razão dela".
Depois, o homem ainda explicou que terá de pedir de volta os óculos que repassou a Jamilzinho no 1º dia de júri, porque no presídio de Mossoró, onde ele está preso, esse tipo de objeto “pode virar arma”.
Depois de publicada a matéria, o advogado da prima de Jamilzinho, Cinthya Name falou com o Campo Grande News e informou que sua cliente não tem mais contato com a família e que na data de ontem não falou com ninguém durante o julgamento.
“Ela ficou bastante chateada. Ela nem mora mais em Mato Grosso do Sul, ela tem print das ligações que fez e recebeu ontem. Eu tinha ligado para ela porque hoje teria uma audiência relativa a outro processo criminal e foi cancelada”, revelou Ricardo Souza Pereira.
Segundo Ricardo, a cliente reside atualmente em Cuiabá (MT) e não acompanhou o julgamento do primo. “Ela mora lá há muito tempo, se mudou com autorização judicial, não tem contato com ninguém deles e não acompanhou o júri”, finalizou.
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