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Capital

Família se reúne em velório, enquanto perícia apura morte de ex-vereador

Luana Rodrigues e Julia Kaifanny | 22/09/2016 07:56
Velório ocorre na capela do cemitério Parque de Campo Grande. (Foto: Fernando Antunes)
Velório ocorre na capela do cemitério Parque de Campo Grande. (Foto: Fernando Antunes)

O clima no velório do corpo de Alceu Bueno, na manhã desta quarta-feira (21), é de consternação, misturada a revolta. O cadáver do ex-vereador foi encontrado carbonizado em um terreno baldio no Parque dos Poderes - região leste de Campo Grande, onde a perícia da Polícia Civil está desde o início da manhã.

Na capela do cemitério Parque de Campo Grande, onde ocorre o velório, familiares pediram que a imprensa não tire fotos, não faça entrevistas, não se aproxime.

De fora da capela é possível ver que lá dentro há pouca movimentação. Filha e esposa do ex-vereador conversam com outras pessoas, pouca gente, talvez por conta do horário.

Entre autoridades e personalidades, por enquanto, apenas o vereador Carlão (PSB), está no local, mas também não falou com a imprensa.

O horário do sepultamento ainda não foi definido, mas será entre 10h e 11h. A capela fica na avenida Senador Filinto Muller, 2603, Vila Ipiranga - após o Lago do Amor.

Perícia está no local onde corpo foi encontrado. (Foto: Fernando Antunes)
Perícia está no local onde corpo foi encontrado. (Foto: Fernando Antunes)

Perícia - Desde o início da manhã, peritos estão no local onde o corpo de Alceu Bueno foi encontrado. O cadáver foi encontrado pegando fogo e partido ao meio, na rua Avanhandava, no Jardim Veraneio, na região do Parque dos Poderes.

Levantamento preliminar da perícia indica que a vítima foi morta estrangulada e depois queimada. O líquido usado para atear fogo, além de ser inflamável era corrosivo e fez com que o corpo da vítima fosse partido ao meio.

Histórico pesado - José Alceu Padilha Bueno foi eleito vereador em 2012, pelo PSL, tendo participado de várias polêmicos e da histórica cassação do prefeito Alcides Bernal (PP). Ele também era dono de um depósito de materiais de construção, chamado Depósito Bueno, localizado na avenida Coronel Antonino - último local onde esteve ontem antes de desaparecer.

Em abril do ano passado, Bueno renunciou ao cargo de vereador, em carta, após ser acusado de cometer crimes de exploração sexual de vulnerável - aos quais, em dezembro, foi julgado e condenado, mas cumpria pena em liberdade.

Ele também alegou ter sido chantageado por um grupo que participava do esquema, sendo que um vídeo dele com duas garotas de 15 anos, sem roupa e em um quarto, era usado para extorqui-lo. As cenas foram gravadas pelas garotas a pedido dos chantagistas. Um grande investigação foi iniciada a partir daí, com várias prisões.

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