Dupla que desviou R$ 4 milhões tinha quase 20 anos de empresa
Caso foi descoberto nesta semana, após os suspeitos repassarem mais de R$ 22 mil para suas contas
Os auxiliares de escritório Eduardo Henrique Silva Maciel, de 53 anos, e Carlos Moraes Honório, de 58 anos, que foram presos por furto qualificado após desviarem por quase dois anos aproximadamente R$ 4 milhões em pagamentos de salários, tinham, respectivamente, 17 e 19 anos de empresa.
Em audiência de custódia nesta quinta-feira (7), o juiz Valter Tadeu Carvalho determinou pagamento de fiança de dez salários mínimos (R$ 14 mil) para os dois responderem o processo em liberdade. Porém, Eduardo e Carlos estão proibidos de manter contato com os funcionários da empresa. Se desrespeitarem, voltam para a prisão.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso) pediu o bloqueio de todas as contas bancárias vinculadas aos nomes e CPF dos investigados, mas ainda não a decisão da Justiça.
O caso foi descoberto nesta semana após os suspeitos repassarem mais de R$ 22 mil para suas contas. O advogado que representa a empresa de engenharia foi quem procurou a Polícia Civil. Em seu relato, o profissional contou que Carlos e Eduardo trabalhavam na empresa há muitos anos e haviam feito repasses de R$ 22.139,39 em suas contas-salário, quando, na verdade, deveriam ter recebido R$ 4.815,99 e R$ 3.136,67, respectivamente.
Segundo o advogado, já havia suspeita sobre os dois funcionários há algumas semanas, porque a responsável do setor financeiro encontrou nos documentos de pagamentos de salários dos últimos dois meses, holerites em nomes de trabalhadores que haviam sido demitidos, porém, como não tinham certeza, mantiveram os dois trabalhando no setor de recursos humanos.
No fim do expediente de segunda-feira (4), Carlos e Eduardo entregaram a um dos sócios todos os holerites referentes a outubro de 2024 e, quando foram analisados, o empresário percebeu que havia nomes de pessoas que não trabalhavam mais na empresa e o caso foi parar na 2ª Delegacia.
Os dois, então, confessaram que recebiam os nomes dos trabalhadores de todos os canteiros de obras da empresa em todo o Mato Grosso do Sul e emitiam os contracheques. Dessa forma, falsificavam alguns documentos para os pagamentos a mais feitos em suas próprias contas. Eles também alegaram que recebiam da empresa valores por fora do que está assinado na carteira.
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