ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
MAIO, SÁBADO  31    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Governo deve indicar nome para Casa da Mulher esta semana

Estado vai participar da gestão junto com a prefeitura e avalia melhorias

Por Maristela Brunetto e Mylena Fraiha | 26/03/2025 10:17
Governo deve indicar nome para Casa da Mulher esta semana
Prefeitura administrativa Casa sozinha; agora, gestão será compartilhada (Foto: Arquivo)

O Governo do Estado busca uma técnica que possa assumir como coordenadora a gestão integrada da Casa da Mulher Brasileira, junto com a Prefeitura de Campo Grande. O município administra o local sozinho e, após o debate desencadeado sobre a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, a partir do assassinato da jornalista Vanessa Ricarte, ocorrido em 12 de fevereiro, os serviços passaram a ser debatidos em busca de aperfeiçoamento.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O Governo de Mato Grosso do Sul deve indicar esta semana uma coordenadora técnica para compartilhar a gestão da Casa da Mulher Brasileira com a Prefeitura de Campo Grande. A mudança ocorre após debates sobre a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, intensificados pelo assassinato da jornalista Vanessa Ricarte em 12 de fevereiro. Antes de sua morte, Vanessa relatou insatisfação com o atendimento na Delegacia da Mulher. Embora a Corregedoria da Polícia Civil tenha concluído não haver negligência no caso, o vice-governador Barbosinha reconhece a necessidade de melhorias no serviço. As mudanças previstas incluem aprimoramento no acolhimento, fortalecimento da atuação de assistentes sociais e psicólogas, e maior integração entre os serviços oferecidos. O modelo a ser implementado em Campo Grande servirá de referência para outras unidades em Ponta Porã, Corumbá e Dourados.

Vanessa enviou áudio horas antes de morrer a uma amiga apontando que ficou “impactada” com o atendimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), sugerindo a falta de empatia e acolhimento. No âmbito estadual, o vice-governador, José Carlos Barbosa, Barbosinha, e a secretária de Cidadania, Viviane Luiza da Silva, assumiram as discussões para aperfeiçoar serviços e criar ações de prevenção.

A Polícia Civil concluiu investigação sobre o atendimento prestado à Vanessa e nos próximos dias deve ser oficializado o resultado do trabalho da Corregedoria apontando que não houve negligência. A família da jornalista essa semana disse, na tribuna da Câmara de Vereadores da Capita, durante audiência pública, que repudiava o desfecho e que não aceitaria que manchassem a imagem dela.

Barbosinha conversou com a reportagem esta manhã e disse que há possibilidade de já nesta semana ser indicada a representante para atuar na Casa. “O Governo está preocupado porque, embora o relatório indique que, do ponto de vista do trabalho policial, não houve falhas, o próprio Governo reconhece que, dentro da Casa da Mulher Brasileira, no trâmite interno, são necessárias mudanças.”

Os protocolos da Casa seguem modelo desenhado pelo Governo Federal. O que o Executivo Estadual defende é que haja maior interação e fluxo de informações entre os serviços oferecidos no local. A Casa reúne serviço policial, poder judiciário e atendimento psicossocial, além de ter a presença da Patrulha Maria da Penha, formada por guardas civis, que acompanham o cumprimento das medidas protetivas e fazem escolta quando acionados. No caso de Vanessa, ela acabou indo sozinha para casa, após tomar conhecimento da expedição da medida, solicitada na noite anterior.

As alterações, conforme o vice-governador, começam “pelo acolhimento da mulher, pelo fortalecimento da atuação de assistentes sociais e psicólogas, pelo aprimoramento do fluxo de atendimento dentro da Casa da Mulher Brasileira e por uma maior interação entre o trabalho biopsicossocial e o trabalho das delegadas, com compartilhamento de informações e uso de tecnologia.”

Ele aponta que o Governo fez uma análise crítica do que ocorreu e não há acomodação. “Há, sim, o reconhecimento da necessidade de melhorias, e estamos trabalhando para que isso aconteça.” Barbosinha aponta que o aperfeiçoamento a ser implantado na unidade de Campo Grande servirá de modelo para as outras Deams e unidades que a União prometeu instalar- em Ponta Porã, Corumbá e Dourados.

Nos siga no Google Notícias