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Capital

Greve dos professores começa de forma parcial

Escola Municipal Professora Oliva Enciso terá aula para duas turmas, nesta sexta-feira

Izabela Cavalcanti e Bruna Marques | 02/12/2022 07:38
Escola Municipal Professora Oliva Enciso teve aula para duas turmas (Foto: Bruna Marques)
Escola Municipal Professora Oliva Enciso teve aula para duas turmas (Foto: Bruna Marques)

No primeiro dia de greve dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino), que se iniciou nesta sexta-feira (2), a maioria das escolas aderiram ao ato. No entanto, na Escola Municipal Professora Oliva Enciso, dois professores, de Artes e Educação Física, decidiram ministrar aula para duas turmas, conforme apurado pelo Campo Grande News.

Foi enviado bilhete para os pais avisando que somente alunos do 6° A e 8° B teriam aula e o restante não teria aula, pois os demais professores teriam aderido à greve.

Segundo o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, "alguns decidiram ficar e outros não, mas em todo caso teve gente que aderiu".

Em outros colégios visitados, como a Escola Municipal Bernardo Franco Baís e a Professor Arlindo Lima, não teve aula, mas os portões estavam abertos para funcionamento do setor administrativo.

Na Arlindo Lima foi deixado um recado no portão informando que a greve seguiria até o dia 9 de dezembro e que os dias serão repostos da seguinte maneira:

A reposição do dia 25 de novembro será no dia 17 de dezembro; 29, no dia 20 de dezembro; a greve do dia 2 de dezembro será reposta em 21 de dezembro; as aulas da paralisação do dia 5 serão substituídas no dia 22 de dezembro; a reposição do dia 6 em 23 de dezembro; dia 7 de dezembro vai ser no dia 26 de dezembro.

A substituição em 8 de dezembro vai acontecer no dia 27 de dezembro; e a do dia 9 em 28 de dezembro.

Fachada da Escola Municipal Bernardo Franco Baís (Foto: Bruna Marques)
Fachada da Escola Municipal Bernardo Franco Baís (Foto: Bruna Marques)

Entenda – A greve dos professores foi deflagrada na última terça-feira (29) durante assembleia geral na ACP. A decisão ocorreu após a Prefeitura de Campo Grande entregar como proposta reajuste de 4,78% e mais um auxílio de R$ 400, sendo essa a última tentativa por parte do sindicato. A rede tem 202 escolas, com 8 mil professores e 110 mil alunos.

Conforme previsto em uma tabela de aumento escalonado, aceita pelos professores após negociações e definida pela Lei Municipal 6.796/2022, o reajuste deveria ser de 10,39% para dezembro. O piso é R$ 3,3 mil por 20h, e com o reajuste integral o salário dos professores vai para 3,8 mil.

Antes disso, no dia 23 de novembro, o secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, anunciou que a prefeitura não poderia pagar o percentual.

Com isso, no dia 25 de novembro, os educadores decidiram protestar em frente à prefeitura, como forma de demonstrar descontentamento e conseguir uma resposta da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota).

Durante a ação, fecharam a Avenida Afonso Pena, a partir da Rua 25 de Dezembro até a Rua Arthur Jorge. O trânsito precisou de auxílio da Polícia Militar de Trânsito e viaturas da Guarda Municipal.

No mesmo dia foi realizado uma assembleia para decidir quais seriam os próximos passos, no qual foi decidido esperar a proposta da prefeitura, que foi de 4,78%.

Multa - A Prefeitura de Campo Grande ingressou no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para pedir multa de R$ 100 mil para que o ato seja impedido e alegando ser ilegal a greve.

Escola Municipal Professor Arlindo Lima deixou recado no portão (Foto: Bruna Marques)
Escola Municipal Professor Arlindo Lima deixou recado no portão (Foto: Bruna Marques)


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