Homem deu carona sem saber de vingança que terminou em assassinato, diz esposa
O condutor do carro usado durante o assassinato de Artur Alves Ferreira, 54 anos, no Bar da Amizade, no bairro São Francisco, não sabia que o colega iria atirar no pai do proprietário do estabelecimento, que foi socorrido, mas morreu no hospital, na noite deste sábado (14). Essa é a versão da esposa de Oséias Santos, que dirigia o Corsa, do qual Jerry Adriano Alves, 32 anos, deu três tiros.
Segundo Mirian da Silva, Jerry chegou em sua casa machucado, com o rosto ensanguentado e pediu carona para buscar sua moto perto dali. O esposo de Mirian, Oséias, recusou, mas depois da insistência resolveu ajudar o colega. O que ele não sabia é que Jerry tinha uma arma e pretendia se vingar depois de apanhar em uma briga.
O autor dos disparos começou a briga ao tentar reatar um relacionamento com Janaína Vilalba, que estava no bar. Ela contou que Jerry quebrou uma garrafa e acabou agredido pelos homens que estavam no local. “Ele levou golpe até de tijolo e estragaram a moto dele também. Depois ele foi embora, mas a gente não imaginava que ia voltar atirando”, conta Janaína. Em seguida, Jerry foi embora a pé e seu irmão surgiu para buscar a moto. Minutos depois, Jerry voltou em um carro atirando contra as pessoas que estavam no bar.
Artur, que levou três tiros, era pai de um Polícial Militar, segundo a polícia. Ele foi levado, pelo filho, ao hospital, mas morreu. Equipes da Rocam (Ronda Ostensiava com Apoio de Motocicleta) e Rotan (Ronda Ostensiva Tático Móvel) prenderam o suspeito dos disparos e o motorista do carro.
Na casa do homem que, segundo a esposa deu carona ao autor dos disparos, foi encontrado um revólver calibre 22. Com Jerry, os militares encontraram um revólver calibre 38 com três munições deflagradas e duas intactas. O irmão dele, que buscou a moto, presta depoimento nesta manhã, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.