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Capital

Jovem estuprada pelo pai dentro de unidade de saúde tem esquizofrenia

O autor foi preso em flagrante, passou por audiência de custódia nesta manhã e vai permanecer atrás das grades

Viviane Oliveira | 02/09/2021 11:30
Fachada do CRS Cophavilla, onde o crime aconteceu. (Foto: Google Street View)
Fachada do CRS Cophavilla, onde o crime aconteceu. (Foto: Google Street View)

A jovem de 29 anos que foi estuprada pelo próprio pai, servente de pedreiro de 52 anos, no CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Coophavila II, na madrugada de ontem (1º), sofre de transtorno mental e esquizofrenia, em razão do uso de drogas.

Além de abusar da filha, o autor é suspeito também de ter violentando uma idosa de 60 anos, no mesmo dia. As duas tinham sofrido surto psicótico, estavam medicadas e internadas no mesmo quarto na unidade. Ele, que era acompanhante da jovem, foi preso por guardas civis metropolitanos. Ao ser questionado sobre o fato pela polícia, o pedreiro alegou amnésia alcoólica, afirmando não se lembrar do que havia acontecido.

O servente passou por audiência de custódia na manhã desta quinta-feira (2), na Justiça e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. O nome dele não será divulgado para não identificar a filha.

Histórico A vítima tem dois filhos menores de idade que moram com a mãe dela em Maracaju, cidade distante 160 quilômetros da Capital. Em 2019, foi autorizado pela Justiça do município, a internação compulsória da jovem, que vivia em situação de rua, para tratar a dependência química.

Na ocasião, segundo relatos da mãe dela à equipe do Caps (Centro de Atenção Psicossocial), a jovem teve uma vida normal até 2013. Trabalhava, estudava e era casada com o pai dos seus filhos em Cuiabá, no Mato Grosso. Foi com o marido, segundo a mãe, que ela começou a usar drogas, de forma eventual, após a gestação do primeiro filho. Porém, após o casal se separar, a jovem passou a fazer uso contínuo de entorpecentes.

Desde então, passou a ser encontrada, com a filha de 1 ano, em bocas de fumo. Foi quando a mãe entrou na Justiça, solicitando a guarda da criança e se mudou para Maracaju com a neta. Depois disso, a avó ficou sem notícias da jovem e só a encontrou novamente quando ela já estava grávida do segundo filho.

Em 2015, a jovem foi morar com a mãe levando o recém-nascido. No ano seguinte, conforme relatos da mãe, a filha passou a apresentar problemas comportamentais e mentais. Até que foi trazida para Campo Grande, onde chegou a ficar internada na ala psiquiátrica de um hospital por 15 dias.

Depois, chegou a retornar para a casa em Maracaju, mas continuou com comportamento agressivo, colocando em risco, segundo a mãe, a vida das crianças. À época, a internação compulsória foi autorizada pelo juiz e a guarda das crianças passada para a avó.

Estupro - O caso aconteceu por volta das 2h da madrugada, quando uma funcionária do CRS passou pelo quarto e viu o homem, com o pênis para fora da roupa, abusando da própria filha. Momentos antes, ela já havia visto ele andando nu dentro do quarto. A funcionária saiu para procurar uma responsável e contar sobre o que tinha visto.

Pouco tempo depois, ela e o responsável pelo CRS voltaram ao quarto para verificar o que estava acontecendo e encontraram a idosa com as roupas, short e calcinha, abaixadas até a altura do joelho. Agitada, a vítima não conseguia se expressar por causa da sonolência causada pelos remédios.

O homem foi retirado do quarto e colocado em outro cômodo da unidade de saúde. As funcionárias acionaram a Guarda Municipal, ele foi preso em flagrante, mas negou os abusos o tempo todo. O caso segue sobe investigação da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). A polícia investiga se a vítima já tinha sido abusada antes pelo pai. Por enquanto, não há informação do estado de saúde da jovem, nem para onde ela foi levada.

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