Juiz ouve, em fevereiro, réus e testemunhas da execução do “Playboy da Mansão”
Carlos Alberto Garcete negou mais prazo para Jamil Name Filho apresentar a defesa prévia
Estão marcadas para 8, 18 e 23 de fevereiro as audiências para ouvir acusados e testemunhas da execução de Marcel Costa Hernandes Colombo, 31 anos, que ficou conhecido como o “Playboy da Mansão”.
Quase dois anos após o crime, sete foram indiciados – foi a segunda acusação de homicídio que recaiu sobre Jamil Name e Jamil Name Filho desde que a força-tarefa começou a investigar os dois como líderes de milícia armada que agia em Mato Grosso do Sul. Todos viraram réus em outubro do ano passado.
Histórico – A lista de denunciados é formada por Jamil Name, Jamil Name Filho, José Moreira Freires, Juanil Miranda Lima, o ex-guarda municipal Marcelo Rios, o policial federal afastado Everaldo Monteiro de Assis e o também ex-guarda, Rafael Antunes Vieira.
Jamil Name e o filho são apontados como os mandantes. Enquanto José, Everaldo e Marcelo intermediaram e Juanil foi o executor.
Em decisão do dia 8 de janeiro, publicada hoje (13) no Diário Oficial da Justiça, o juiz Carlos Alberto Garcete, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, negou pedido da defesa de Jamilzinho para que prazo de apresentação das alegações prévias seja prorrogado, também negou rejeitar a denúncia contra Marcelo Rios e mande citar Juanil por edital.
Ele também pede cópia da Certidão de Óbito de José Moreira Freires para que ele possa deixar de fazer parte do processo. Zezinho, como era conhecido foi morto em confronto com a polícia potiguar, na zona rural do município de Lagoa de Pedras, a 59 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte, no dia 15 de dezembro. Alvo de várias fases da Operação Omertà, ele era considerado foragido da Justiça de Mato Grosso do Sul desde abril de 2019.
O crime – Marcel foi assassinado a tiros de pistola 9 mm (milímetros) à queima roupa enquanto bebia com amigos em um bar de Campo Grande. A execução foi na madrugada de uma quinta-feira, dia 18 de outubro de 2018.
Uma semana depois, em 26 de outubro de 2018, o empresário Joel Colombo prestou depoimento na 1ª Delegacia de Polícia, em Campo Grande, e contou que o filho tinha uma desavença com Jamilzinho por causa de briga ocorrida em casa noturna da cidade anos antes. Relatou ainda que Marcel chegou a procurar o pai do desafeto, o empresário Jamil Name, para pedir desculpas.
O primeiro pedido de prisão de Name, de Jamilzinho e do restante da milícia, em setembro do ano passado, traz relatos de que a briga na boate nunca foi esquecida e teria motivado a encomenda da morte. Pai e filho já respondem na Justiça pela execução por engano do estudante Matheus Coutinho Xavier, que morreu no lugar do pai, o capitão reformado da PM (Polícia Militar), Paulo Roberto Teixeira Xavier, segundo a operação.