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Capital

Justiça anula sentença de acusado de ser mandante de execução nas Moreninhas

Wellington da Silva Bernardo, o “Tantan” foi condenado a 29 anos de prisão em maio e pena deve ser reduzida

Por Ana Paula Chuva | 26/09/2025 10:23
Justiça anula sentença de acusado de ser mandante de execução nas Moreninhas
Wellington sentado no banco dos réus em julgamento dia 14 de maio deste ano (Foto: Gabi Cenciarelli)

Quatro meses após o julgamento que resultou em uma pena de 29 anos pelo homicídio de Gabriel Jordão da Silva, a Justiça anulou a sentença de Wellington da Silva Bernardo que deve ser reformada e o júri de Ryan Victório Alencar da Silva que deverá ser remarcado. O crime aconteceu em fevereiro de 2023, no bairro Moreninhas II, em Campo Grande.

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A Justiça anulou a sentença de Wellington da Silva Bernardo, condenado a 29 anos de prisão pelo assassinato de Gabriel Jordão da Silva, ocorrido em fevereiro de 2023 nas Moreninhas II, em Campo Grande. A defesa conseguiu a anulação alegando que a pena iniciou fora dos parâmetros legais. O caso também envolve Ryan Victório Alencar da Silva, que terá novo julgamento após fazer delação premiada. O crime, motivado por disputas do tráfico de drogas, resultou na morte de Gabriel com 15 tiros. A vítima já havia sofrido um atentado semanas antes do assassinato.

A defesa de “Tantan” afirmou ao Campo Grande News que a pena do rapaz foi fixada fora dos parâmetros legais e, então, recorreu da sentença, que foi zerada e deverá ser refeita. “Ele foi condenado a 29 anos; interpusemos recurso de apelação e fomos felizes em conseguir a anulação ontem, durante a sessão na 1ª Câmara Criminal”, explicou Marcos Ivan.

Segundo os advogados Marcos Ivan e Marianne Garcia, no caso de Wellington não houve anulação do julgamento porque o rapaz não fez delação premiada, ao contrário de Ryan, que fez e, por isso, irá a um novo júri, correndo o risco de receber uma pena ainda maior.

“Nós também vamos receber outra pena, mas dentro dos parâmetros legais porque estamos defendendo que Wellington apenas dirigiu o carro e, por isso, deve ter uma pena menor. As acusações de que ele foi o mandante e era líder de facção não foram provadas e, por isso, derrubamos a sentença”, pontuou Marcos.

No entanto, o advogado explicou que a defesa ainda vai pleitear a absolvição de Tantan, apontado como mandante da execução de Gabriel. “Pedimos que ele aguarde a nova sentença em liberdade, mas o Tribunal de Justiça ainda não se manifestou sobre o pedido”, finalizou o defensor.

Júri – O julgamento da dupla foi realizado em 14 de maio deste ano na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Na ocasião, o Conselho de Sentença acolheu integralmente a acusação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e rejeitou as teses da defesa. Com isso, Ryan foi sentenciado a 19 anos, nove meses e 15 dias de prisão e Wellington a 29 anos e dois meses, ambos em regime fechado.

Durante o julgamento, Ryan confessou o crime e colaborou com as investigações. A confissão e a menoridade foram reconhecidas como atenuantes. Já Wellington teve a pena agravada por reincidência e, segundo a sentença, possui histórico de envolvimento com o tráfico, arsenal de armas e comunicação com membros do crime organizado.

Execução – Gabriel foi executado no dia 1º de fevereiro de 2023, por volta das 21h30, na Rua Baguari. Segundo a denúncia, Ryan desceu de um carro e perseguiu Gabriel a pé, atirando com uma pistola 9 mm. A vítima tentou se refugiar em uma casa, mas foi alcançada e morta com ao menos 15 tiros.

A motivação do crime, conforme o Ministério Público, está ligada a disputas relacionadas ao tráfico de drogas na região. Testemunhas relataram que Gabriel já havia sofrido um atentado semanas antes.

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