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Capital

Decretada prisão preventiva de grupo que ateou fogo em morador de rua

Francisco Júnior | 29/03/2012 09:42

Crime aconteceu no dia 10, no bairro Morada Verde, em Campo Grande. A vítima, Levi da Costa, teve 40% do corpo queimado

Cinco acusados participaram da reconstituição do crime. (Foto: João Garrigó)
Cinco acusados participaram da reconstituição do crime. (Foto: João Garrigó)

A justiça decretou a prisão preventiva dos cinco acusados de tentarem matar queimado o morador de rua Levi da Costa, de 22 anos, no dia 10 deste mês, no bairro Morada Verde, em Campo Grande. Irão permanecer presos: Lucilene Tavares dos Santos, 36 anos, ex-mulher da vítima, Renato dos Santos Almeida, 28 anos, Thiago Misael Segóvia de Moura, 21 anos, Thiago Vieira da Silva, 23 anos, e Luiz Henrique dos Santos, 53 anos.

Na decisão, o juiz decretou a prisão dos cinco para manter ordem pública, conveniência instrução criminal, repercussão e assegurar integridade física da vítima.

De acordo com a Polícia Civil, o crime foi motivado por uma divida de droga no valor de R$ 450 que a vítima tinha com Luiz Henrique. No dia da tentativa de homicídio, Levi foi atraído por Lucilene para o local onde teve o corpo incendiado. Segundo o delegado, a mulher encontrou com Levi e o levou para um bar, no bairro Morada Verde. No local, outras quatro pessoas, integrantes de uma quadrilha de tráfico de drogas, esperavam por Levi e cercaram a vítima.

Renato teria pegado uma corda e amarrado Levi. A vítima foi levada para um centro catequético de uma igreja próxima e espancada. Em seguida, o jovem foi levado para uma rua de asfalto, onde teve o corpo incendiado.

Segundo o delegado, Segóvia foi quem jogou gasolina no corpo da vítima e Thiago Vieira da Silva, de 23 anos, ateou fogo logo em seguida.

De acordo com a investigação, Levi rolou pelo asfalto na tentativa de apagar o fogo e depois saiu correndo, entrou em um matagal e foi encontrado andando pela rua Albatroz, no bairro Nascente do Segredo. Ele foi socorrido por populares, que acionaram o Corpo de Bombeiros.

Levi sofreu queimaduras de segundo grau, espalhadas, principalmente, pela genitália, peito e cabeça. Dependente químico, ele foi expulso de casa em 2007 pelo pai, e morava na rua.

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