Líderes da quadrilha usavam MS como ponto estratégico do tráfico
Segundo o delegado Hudson Benedetti, droga vinda do Paraguai abastecia Goiás e Bahia
Mato Grosso do Sul foi utilizado como principal ponto de apoio para armazenar e redistribuir drogas vindas do Paraguai em um esquema de tráfico internacional, segundo a Polícia Civil de Goiás. O delegado Hudson Benedetti de Miranda, da Denarc (Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos), explicou que os carregamentos entravam pelo estado antes de seguir para Goiás, Bahia e outros pontos do Nordeste.
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“Basicamente, a maconha vinha do Paraguai. Os transportadores traziam o carregamento de outro país, deixavam em Mato Grosso do Sul e, depois, a droga era distribuída principalmente para Goiás, abastecendo os traficantes da região. Outra parte seguia para a Bahia, onde ficava o líder da organização criminosa”, detalhou o delegado.
Benedetti destacou ainda que a localização de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, próximos a países fornecedores como Paraguai, Bolívia e Colômbia, torna os estados vulneráveis. “Essa droga tem origem internacional, entra pelo Mato Grosso do Sul, passa pelo Mato Grosso e chega a Goiás, de onde é distribuída para vários lugares, inclusive para a Bahia, onde o líder foi preso”, afirmou.
Operação Forasteiros: As declarações foram dadas durante a Operação Forasteiros, deflagrada na manhã desta terça-feira (16). A ação mira uma quadrilha especializada no transporte de drogas usando “mulas” e cumpre 45 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Bahia, além do bloqueio de bens no valor de R$ 2,5 milhões.
Em Campo Grande, foram cumpridos quatro mandados de busca e um de prisão. Em uma das residências, equipes da Denar (Delegacia de Repressão ao Narcotráfico) apreenderam cerca de 300 quilos de maconha e haxixe, além de celulares e um veículo. Também houve prisões em flagrante.
De acordo com as investigações, pessoas eram usadas como “mulas” para transportar os entorpecentes escondidos em pertences pessoais. A droga abastecia traficantes em Goiás e também era enviada para a Bahia, onde estava preso o líder da organização, apontado como ligado a facções criminosas de atuação nacional.
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