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Capital

Marido vira réu sob acusação de matar e esquartejar Graziela

Denúncia foi apresentada contra Rômulo Rodrigues Dias em 30 de junho e recebida hoje pelo magistrado Aluízio Pereira dos Santos

Lucia Morel e Marta Ferreira | 02/07/2020 18:44
Rômulo está preso desde abril. (Foto: Reprodução)
Rômulo está preso desde abril. (Foto: Reprodução)

Rômulo Rodrigues Dias, 33 anos, virou reú pela morte da esposa, Graziela Rubiano, 36, desaparecida desde abri deste ano. Pela denúncia do promotor Wilson Canci Junior e acatada pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, Rômulo matou e esquartejou o corpo da vítima, se desfazendo do corpo. Será processado por feminicídio e ocultação de cadáver.

A peça acusatória foi apresentada contra ele pela promotoria em 30 de junho e recebida hoje pelo magistrado. O promotor afirma, em seu texto à Justiça, que o investigado apresentou versão "fantasiosa" sobre os fatos. Quando Graziela sumiu, o marido não fez denúncia à polícia e ainda disse às amigas e aos patrões dela que a mulher havia indo embora para o Paraná.

 “Recebo a denúncia (...) tendo em vista estarem presentes a materialidade e indícios de autoria, bem como ter observado os requisitos do art. 41, do CPP”, diz despacho do magistrado. Nesse artigo, o Código de Processo Penal determina que “a denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas”. O processo é por feminicídio e ocultação de cadáver.

O juiz determinou ainda a data da audiência para ouvir testemunhas de acusação para o dia 25 de agosto, às 14 horas, pela plataforma Google Meet.

Rômulo foi preso temporariamente no dia 19 de abril. No dia 18 de maio, a Justiça prorrogou a prisão por mais 30 dias. Em junho, no dia 16, foi preso preventivamente, diante de novos elementos apresentados em representação do delegado Carlos Delano, titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), que incriminam Rômulo.

Ele nunca confessou o crime. Mas a investigação policial mostrou que havia vestígios de sangue em grande quantidade em uma edícula do casa onde vivia com Graziela, no Bairro Jóquei Clube,  e ainda no carro dele. No material encontrado no teto do veículo, o DNA examinado foi considerado compatível com o da filha de Graziela, de 22 anos, indicando vínculo de maternidade. Em resumo: era sangue da vítima.

O inquérito também mostrou que Rômulo mentiu sobre o último dia em que a mulher foi vista. Também não falou a verdade sobre os trajetos feitos por ele, apurou a polícia. Isso foi evidenciado com monitoramento dos deslocamentos do aparelho de celular dele.

Foi identificado ainda, que o homem, estudante de Técnica de Enfermagem assim como Graziela, fez pesquisas sobre amputação e uso de anestésicos.

O casal trabalhava junto, como vendedores em uma marmoraria. Quando Graziela sumiu, foi ele quem informou aos patrões que a funcionária não voltaria, dizendo não saber a motivação.

A menos que consiga revogar a prisão preventiva, agora Rômulo ficará preso enquanto durar o processo.

(Matéria atualizada às 19h33 para acréscimo de informação)

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