Militar preso por agressões à sobrinha é liberado sem fiança
Subtenente disse em depoimento que bateu na menina apenas como corretivo, pois "ela anda muito relaxada"
O juiz Vinicius Pedrosa Santos concedeu liberdade provisória sem fiança ao subtenente do Exército Brasileiro, de 51 anos, preso sob acusação de agredir constantemente a sobrinha de 10 anos, de quem possui a guarda. O caso aconteceu no Bairro Coophatrabalho, em Campo Grande, ele disse em depoimento que apenas corrigiu a menina.
RESUMO
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Um subtenente do Exército, de 51 anos, acusado de agredir constantemente sua sobrinha de 10 anos, obteve liberdade provisória sem fiança após audiência de custódia. Apesar de confessar ter batido na criança, alegando correção disciplinar devido ao comportamento da menina e à falta de tempo para cuidar dela, o juiz considerou o réu primário, com endereço fixo e atividade lícita, impondo-lhe recolhimento domiciliar noturno e proibição de deixar a cidade sem autorização judicial.
No relato, o militar afirmou que conheceu a tia da menina quando morou em Manaus (AM). A menina já apanhava de sua avó e, por sua família não ter condições financeiras de sustentá-la, já que a mãe era usuária de drogas, decidiu trazê-la para morar com ele e sua companheira, que chegou a ser contra ele entrar com o pedido de guarda da criança.
Após algum tempo, eles se mudaram para Porto Murtinho e quando ele se aposentou, a família veio morar em Campo Grande. O militar já havia conseguido a guarda definitiva da menina e, como a companheira trabalha fora, é o responsável pelos cuidados da sobrinha. Ontem, ele afirma que bateu no braço da criança apenas como forma de corretivo.
Segundo ele, a menina “anda muito relaxada, além de não querer estudar. Não colabora com os afazeres domésticos” e ele acaba tendo que fazer tudo em casa, já que a companheira trabalha o dia todo. À delegada Lucelia Constantino de Oliveira, o subtenente ainda afirmou que a sobrinha precisa estudar porque está na idade de ingressar no colégio militar e que se ele ficar preso, ninguém cuidaria dela.
Hoje ele passou por audiência de custódia e o juiz determinou a liberdade provisória sem pagamento de fiança, no entanto, o militar deve cumprir recolhimento domiciliar noturno, inclusive nos dias de folga. E está proibido de sair da cidade sem autorização judicial. O magistrado considerou que o subtenente é réu primário, tem endereço fixo e atividade lícita.
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