Motoentregador que matou colega com tiros à queima roupa vai a júri
Bruno Cezar de Carvalho de Oliveira, de 24 anos, matou Emerson Salles Silva, de 33 anos, após discussão sobre falta no trabalho
O motoentregador Bruno Cezar de Carvalho de Oliveira, de 24 anos, acusado de assassinar o colega de trabalho Emerson Salles Silva, de 33 anos, com tiros à queima roupa, vai a júri popular. O crime aconteceu na noite do dia 13 de agosto do ano passado, em frente à lanchonete onde os dois trabalhavam, na Avenida Mato Grosso, região central de Campo Grande.
Além de dividirem o delivery de lanches, réu e vítima também estavam empregados juntos em farmácia, onde faziam entregas durante o dia. Conforme a denúncia, no dia anterior ao crime, Bruno não foi trabalhar na lanchonete e deixou Emerson irritando por ter ficado sobrecarregado. Os dois discutiram por mensagens de WhatsApp.
No dia 13, Bruno perguntou para outro colega se a vítima já estava na lanchonete. Quando recebeu “não” como resposta, avisou: “É bom que ele não apareça aqui hoje”. Logo que Emerson chegou para trabalhar, os dois começaram a discutir novamente.
Ainda conforme a acusação, Bruno sacou a arma para intimidar o colega, mas guardou na mochila. Os dois passaram a trocar socos, mas foram separados por outros funcionários. Foi então que o réu pegou novamente a arma e atirou três vezes em direção a Emerson. A vítima foi atingida no quadril, caiu no chão e depois, na cabeça. Ele morreu minutos após dar entrada na Santa Casa.
Em seguida Bruno fugiu em uma moto CG Titan azul. Com a prisão preventiva decretada no dia 18 de agosto, após depoimento, o acusado se entregou à polícia no dia 19.
A defesa do motoentregador chegou a recorrer ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para que o réu pudesse responder ao processo em liberdade. A alegação é que Bruno agiu em legítima defesa.
Para o juiz Aluízio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o fato de Bruno ter fugido do local pode derrubar o argumento de que ele agiu para se defender. O magistrado anotou, contudo, que detalhes doa autos devem ser analisados pelo júri. Pereira dos Santos também decidiu manter o réu preso.