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Capital

MP pede perícia e júri de motorista que arrastou vítima por 1 km é adiado

Juiz solicitou à perícia novos esclarecimentos sobre a velocidade do veículo envolvido no crime

Por Clara Farias | 21/03/2025 16:30
 MP pede perícia e júri de motorista que arrastou vítima por 1 km é adiado
Para-brisa ficou destruído e airbag foi acionado após batida. (Foto: Direto das Ruas)

O Tribunal do Júri que ocorreria nesta sexta-feira (21) foi adiado após pedido da promotoria, deferido pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. O motivo da decisão, registrado no termo de audiência, foi a necessidade de novos esclarecimentos periciais sobre a velocidade do veículo envolvido no crime. O julgamento foi remarcado para a primeira quinzena de junho.

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O julgamento de Landerson Correa Teixeira, acusado de tentativa de homicídio por atropelar duas pessoas em maio de 2022 em Campo Grande, foi adiado para junho. O adiamento ocorreu após a promotoria solicitar novos esclarecimentos periciais sobre a velocidade do carro no momento do acidente. Landerson, sob efeito de álcool, dirigia na contramão quando colidiu com uma moto, arrastando uma das vítimas por um quilômetro. Ele não prestou socorro e foi preso posteriormente. O caso busca esclarecer detalhes do impacto e incluir novos testemunhos e laudos periciais.

O réu, Landerson Correa Teixeira, responde por tentativa de homicídio com dolo eventual, após atropelar duas pessoas em 8 de maio de 2022, no cruzamento da Avenida Marechal Deodoro com a Rua Verdes Mares, no bairro Coophavilla II.

Segundo a denúncia do Ministério Público, ele dirigia um Hyundai I-30 na contramão e sob efeito de álcool, quando colidiu contra uma motocicleta ocupada por Edson Máximo Romero Júnior e Karis Marques Ferreira dos Santos.

Ainda conforme a denúncia, após a colisão, uma das vítimas ficou presa na motocicleta, enquanto a outra foi arremessada sobre o capô do carro, sendo arrastada por aproximadamente um quilômetro antes de cair na via pública. O acusado não prestou socorro e fugiu, sendo encontrado posteriormente pela polícia na BR-262, próximo ao lixão da cidade.

A decisão judicial de adiar o julgamento tem como objetivo esclarecer a velocidade do veículo no momento do impacto, com base em vestígios encontrados no local e na análise das lesões das vítimas. O juiz também determinou a intimação de novas testemunhas e o envio de laudos periciais para complementar as provas do processo.

Ao Campo Grande News, em julho de 2023, Karis Marques, contou que estava indo de carona com o primo para o curso na Acadepol (Academia de Polícia Civil). O que era para ser mais uma manhã comum, em poucos minutos, se transformou em um terror. A agente de polícia científica foi levada por um quilômetro em cima do teto de um veículo.

"Eu só me lembro de olhar para baixo e procurar um lugar onde eu pudesse tentar descer, sem me machucar mais, sem ser o asfalto. Mas é muito vago. Eu fiquei inconsciente a maior parte do tempo. E mesmo essa memória, parece-me mais um sonho do que uma lembrança”, diz a agente de polícia científica.

Karis foi encontrada caída no asfalto e com ferimentos. Fazendo um favor para a prima que mora em Corumbá e veio à Capital para o curso, Edson foi arrastado com a motocicleta que conduzia por 19 metros.

Segundo ele, daqueles segundos ele não tinha lembrança. Quando a consciência voltou, já veio o desespero de ver a prima sendo levada no capô do veículo. O rapaz tentou se levantar mas a perna não se movia.

Landerson fugiu, mas acabou preso em flagrante pela polícia perto do aterro sanitário, na saída para Sidrolândia. O condutor do carro disse que tinha atropelado uma capivara.

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