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Capital

Na época mais crítica do ano, grupo se mobiliza para doar sangue e lota Hemosul

De acordo com dados do Centro de Doação, sábado amanheceu com os estoques de O+ e O- baixos

Por Fernanda Palheta e Clara Farias | 23/11/2024 08:39
Instituto Tamojunto faz campanha de doação de sangue e lota Hemosul em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)
Instituto Tamojunto faz campanha de doação de sangue e lota Hemosul em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)

O Hemosul de Campo Grande amanheceu com os estoques de sangue O+ e O- baixos. E para motivar as pessoas a doarem sangue na época mais crítica do ano, o Instituto Tamojunto reuniu mais de 50 pessoas na manhã deste sábado (23), em uma ação de solidariedade no Centro de Doações.

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O Instituto Tamojunto realizou uma campanha de doação de sangue em Campo Grande, MS, devido aos baixos estoques de sangue O+ e O- no Hemosul. A iniciativa, que contou com a participação de mais de 50 pessoas, buscou conscientizar a população sobre a importância da doação, principalmente em um período crítico do ano em que as doações tendem a diminuir devido a férias e viagens. Doadores de longa data destacaram a facilidade e a importância do ato de doar sangue, que pode salvar vidas.

Doador há 47 anos, o presidente da Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) e integrante do grupo, Carlos Aberto de Assis, fez questão de participar da mobilização. "Não precisa de campanha para doar, é um ato que pode ser feito todo dia. Eu, por exemplo, sou doador de sangue desde os meus 18 anos, quando eu estava no quartel. Hoje estou com 65 anos e faço questão de doar sangue. Quando chega no final no ano, a gente reúne o máximo de amigos para motivar a solidariedade", conta.

Para ele, os estoques baixos são provas de que as pessoas esquecem de doar. "A tipagem O+, que é o sangue que a maioria das pessoas tem, e é o meu caso, está baixo. Isso mostra que as pessoas não estão vindo doar, e o que custa você perder meia hora para salvar uma vida? Com uma ação, você acaba salvando vidas. Não sabemos quem estamos ajudando, pode ser um parente, um amigo", afirma.

Presidente da Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul) e integrante do Instituto Tamojunto, Carlos Aberto de Assis doando sangue na manhã deste sábado (23) (Foto: Juliano Almeida)
Presidente da Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul) e integrante do Instituto Tamojunto, Carlos Aberto de Assis doando sangue na manhã deste sábado (23) (Foto: Juliano Almeida)

A presidente do Instituto Tamojunto, Pollyana Renovato, também é doadora desde os 18 anos e hoje, com 31, conta que quando participa de ações como essa sabe que está ajudando o próximo. "Parece que é uma coisa que não chega nas pessoas, e a ação de hoje acaba motivando outras pessoas a doarem, a gente mostra que é simples, mas um ato gigantesco, um ato de amor", disse.

Segundo dados do Hemosul, a tipagem O+ chegou a 30%, a tipagem O- está em 36%. A assistente social do centro, Raquel Nunes, de 45 anos, relata que esse é um problema recorrente da época.

"Hoje amanheceu o estoque baixo O-, chegando na fase crítica. Quando se aproxima de dezembro, o estoque vai baixando devido às férias escolares. As pessoas viajam, muitos se esquecem de vir doar. Mas mesmo as pessoas deixando de doar, os acidentes continuam acontecendo, quem precisa de doação constante continua precisando. Por isso pedimos que as pessoas venham antes de botar o pé na estrada", reforça. O Hemosul funcionará até as 17h.

A mobilização da Instituto Tamojunto incentivou o analista de infraestrutura, Wellington Pedroso Mendes, de 31 anos, e a auxiliar administrativo Annamaria Silva Sanatana Mendes, de 28 anos, a doarem sangue. O casal ficou sabendo da ação e decidiu ajudar. "É importante porque ajuda a salvar vidas", reitera Annamaria. Eles contam que as filhas vão entrar de férias, por isso aproveitam a oportunidade.

Auxiliar administrativo, Annamaria Silva Sanatana Mendes, ao lado do marido, analista de infraestrutura Wellington Pedroso Mendes, durante ação do Instituto Tamojunto (Foto: Juliano Almeida)
Auxiliar administrativo, Annamaria Silva Sanatana Mendes, ao lado do marido, analista de infraestrutura Wellington Pedroso Mendes, durante ação do Instituto Tamojunto (Foto: Juliano Almeida)

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