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Capital

No “caos” da rodoviária, passar o Natal no ônibus é o pior dos problemas

Muitos passageiros deixaram para comprar passagem de última hora e só conseguirão embarcar na véspera

Por Antonio Bispo e Dayene Paz | 24/12/2024 09:21
Passageiros aguardando os ônibus na rodoviária de Campo Grande (Foto: Dayene Paz)
Passageiros aguardando os ônibus na rodoviária de Campo Grande (Foto: Dayene Paz)

Entre as 48 mil pessoas que devem passar pela rodoviária até quinta-feira (26), uma grande parte deixou para chegar ou sair de Campo Grande, através do terminal, nesta terça-feira (24), véspera de Natal. Para muitos, o maior problema é passar a festividade dentro do ônibus.

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Durante a véspera de Natal, a rodoviária de Campo Grande registrou um movimento intenso, com cerca de 48 mil pessoas esperadas até quinta-feira (26). Muitos viajantes, como o estudante de medicina Henrique Maciel, enfrentaram longas jornadas, passando o Natal dentro de ônibus devido à dificuldade de encontrar passagens. Outros, como o motorista Edson Leite, conseguiram chegar a tempo para comemorar com a família. A rodoviária estava lotada, com pessoas vindo de diversas cidades, e as empresas de transporte reforçaram a demanda com 46 ônibus extras, atendendo destinos populares como Rio de Janeiro e São Paulo.

É o que vai acontecer com o estudante de medicina, Henrique Maciel, de 19 anos. Morando atualmente em Ponta Porã, iniciou a saga de chegar até Confresa (MT), devendo percorrer 1700 quilômetros para ver os pais.

Por conta da distância, deverá passar o Natal dentro do ônibus e chegar ao destino final somente na noite de quarta-feira (25). A data escolhida para viajar não foi por opção. O rapaz relatou que só conseguiu juntar a quantia de R$ 900 para comprar a passagem no dia 20, mas só encontrou vaga no ônibus que sairia dia 23.

“Muito cansativo, mas como a gente mora longe, eu sinto saudades dos meus pais. Tinhapassado em odontologia, mas decidi fazer medicina na fronteira. Sei que é muito longe, mas meus pais me apoiaram e sempre tão me dando força”, disse o rapaz que aguarda o próximo ônibus na rodoviária da Capital.

Movimento grande em frente aos guichês das empresas de ônibus (Foto: Dayene Paz)
Movimento grande em frente aos guichês das empresas de ônibus (Foto: Dayene Paz)

Entre as chegadas e partidas também há, aqueles, que conseguiram chegar aos “45 do 2º tempo”. Morando e trabalhando em São Paulo, o motorista Edson Leite, de 35 anos, chegou na manhã desta terça-feira a tempo de comemorar a data junto da família.

Assim como o estudante, Edson também só conseguiu achar vaga disponível no ônibus para o dia 23. “Estava tudo lotado. Como o recesso começa essa semana, aproveitei para passar com a família já que todos moram aqui”, contou.

Já para quem aguarda a chegada de um familiar, encontrar o terminal rodoviário lotado chamou bastante atenção. O zootecnista Leonardo Stabile,de 45 anos, esteve no local para buscar o sogro que chegava de São Paulo. Para o Natal, muitos outros parentes ainda devem passar pelo terminal ao longo do dia.

“Cheguei aqui e até assustei com esse monte de gente. Toda família está chegando. A maioria vem de ônibus, porque sai mais em conta. Outros dois vêm de avião”, afirmou.

Da mesma forma acontece com a bancária Elaine Almeida, de 45 anos, que aguarda a chegada de um sobrinho, vindo de Cuiabá (MT). A viagem, que dura em média 12 horas, já está uma hora atrasado devido grande movimento de carros na rodovia.

Passageiros no terminal rodoviário de Campo Grande (Foto: Dayene Paz)
Passageiros no terminal rodoviário de Campo Grande (Foto: Dayene Paz)

“Assustei quando cheguei e vi esse movimento. Tem gente de tudo quanto é canto aqui. Meu sobrinho vem todo final de ano passar o Natal com a família”, disse.

Movimento – De acordo com a assessoria da rodoviária de Campo Grande, entre sexta-feira (20) e domingo (22), cerca de 13 mil pessoas passaram pelo local. Entretanto, até quinta-feira (26), são esperadas 48 mil.

Para dar conta da demanda, as empresas de transporte colocaram 46 ônibus extras. Os destinos mais procurados são Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Corumbá, Cuiabá e Dourados.

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