Nove a cada 10 crianças ainda não foram vacinadas contra a covid na Capital
Faixa etária de três ou quatro anos foi incluída no começo de agosto, mas adesão é baixa
Em Campo Grande, cerca de uma a cada 10 crianças, de três ou quatro anos, receberam a primeira dose de vacina contra a covid-19. No entanto, as demais 90,26%, aproximadamente nove a cada 10, estão sem o imunizante que aumenta proteção contra o coronavírus.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou, na manhã desta segunda-feira (29), que até o momento, 2.513 crianças nesta faixa etária receberam a dose. A estimativa da pasta é que 25,8 mil crianças com essa idade residam na Capital.
O público infantil só começou a ser incluído na campanha de vacinação em meados de agosto do ano passado. Apenas no início de 2022 que indivíduos abaixo dos 12 começaram a receber doses. Atualmente, em todo Estado, cerca de 6,75% das crianças de três ou quatro anos receberam a primeira dose de vacina contra a covid-19.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permitiu no mês passado a vacinação de crianças de três a quatro anos, com doses de Coronavac. O imunizante foi aprovado mediante critérios de segurança e eficácia.
A Sesau afirma à reportagem que tem adotado "diversas estratégias para tentar ampliar a cobertura de vacinação, como a realização de ações itinerantes nas escolas e shoppings em horários diferenciados, além do trabalho de busca ativa, que é feito pelas unidades de saúde".
Segundo a pasta, durante a semana, o município mantém mais de 40 pontos de vacinação contra a covid-19 abertos para atender a população.
Vítimas - Desde o início da pandemia, conforme dados da pasta estadual, ao menos, 29 crianças ou adolescentes foram vítimas da covid-19.
Segundo dados do Ministério da Saúde, nenhuma das sete crianças que morreram com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) provocada por covid-19 em Mato Grosso do Sul, neste ano, tinha tomado vacina contra o coronavírus.
As vítimas mapeadas pelo governo federal tinham entre um a 15 anos e morreram em fevereiro (6) e em janeiro (1). Em relação a todas as vítimas, de qualquer idade, neste ano, cerca de 94% das mortes registradas estavam sem ciclo vacinal completo.
(*) Matéria editada às 10h42 para acréscimo de informações.