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Capital

Operação da PF contra fraudes no INSS mirou compra de imóveis em MS

Secretária-geral da Contag é suplente de vereador em Campo Grande

Por Aline dos Santos | 05/05/2025 11:49
 Operação da PF contra fraudes no INSS mirou compra de imóveis em MS
Alvo de operação da PF, Thaisa é secretária-geral da Contag. (Foto: Divulgação)

A operação Sem Desconto, deflagrada pela PF (Polícia Federal) contra  fraudes em aposentadorias e pensões, mirou a compra de imóveis em Mato Grosso do Sul. Eles são ligados a Thaisa Daiane Silva, secretária geral da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares ), uma das entidades investigadas.

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A Polícia Federal deflagrou a operação Sem Desconto contra fraudes em aposentadorias e pensões do INSS, investigando a compra de imóveis em Mato Grosso do Sul por Thaisa Daiane Silva, secretária geral da Contag. Entre as aquisições questionadas estão uma casa em Campo Grande por R$ 599.600 e uma gleba em Estrela Jaguari por R$ 4.749,59. A operação, realizada em conjunto com a CGU, investiga descontos ilegais que somam R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Foram cumpridos mandados em 13 estados, resultando em três prisões em Sergipe e apreensão de veículos de luxo, relógios e dinheiro. A Contag nega irregularidades e afirma ter denunciado descontos indevidos ao INSS.

De acordo com o UOL, a PF questiona a compra de dois imóveis pela funcionária da confederação. “O primeiro seria uma casa em Campo Grande no valor de R$ 599.600, comprada em fevereiro de 2022". Ainda segundo o portal, ela também adquiriu uma gleba por R$ 4.749,59 em janeiro deste ano.

Thaisa é secretária-geral da confederação, que tem sede em Brasília, e suplente de vereador em Campo Grande. No ano passado, ela foi candidata pelo MDB. Thaisa Daiane Silva de Lucena não declarou bens à Justiça Eleitoral.

No material de campanha, divulgado na rede social Instagram, ela relata que é natural de Naviraí, tem histórico de atuação no campo e na área de assistência social, chegando no ano de 2017 ao cargo de secretária-geral da entidade. A suplente recebeu 786 votos.

Ainda de acordo com o UOL, o presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos, é acusado de solicitar o desbloqueio dos benefícios para o pagamento de descontos por associação. Com a ajuda de outras duas funcionárias da confederação, foram solicitados 34.487 descontos nas aposentadorias de agricultores associados.

A Contag divulgou nota de esclarecimento em que nega irregularidade em relação ao processamento de descontos de mensalidades associativas nos benefícios previdenciários concedidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

“Inclusive, a Contag denunciou ao INSS, por duas vezes, descontos indevidos e práticas abusivas contra aposentados e pensionistas rurais. Documentos que atendem aos critérios de legalidade estabelecidos pelo INSS foram encaminhados em sua totalidade pela Contag à autarquia, comprovando que o desconto da mensalidade associativa foi autorizado por todos os aposentados e pensionistas associados aos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais filiados ao Sistema Confederativo Contag”.

Ainda conforme o comunicado, o que levou a entidade a fazer pedidos ao INSS para o desbloqueio de benefícios foi a dificuldade gerada após a publicação do Decreto  10.410, de 30 de junho de 2020, que estabeleceu que os novos benefícios previdenciários, uma vez concedidos, ficariam bloqueados para fins de descontos de mensalidade associativa, exigindo autorização prévia e pessoal do beneficiário para fazer o desbloqueio.

A reportagem não conseguiu contato com Thaisa Daiane Silva de Lucena

Sem desconto – No dia 23 de abril, a PF e a CGU (Controladoria-Geral da União) deflagraram a operação Sem Desconto. A ação cumpriu mandado de busca em Campo Grande. No País, foram percorridos mais 12 Estados, com três prisões em Sergipe.

No período de 2019 a 2024, entidades receberam R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas.  A operação apreendeu veículos de luxo (Ferrari, Porsche), coleção de relógios e dinheiro.

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