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Operação Vostok: despachante e sargento da PM são condenados por roubar propina

Crime ocorreu em 2017 e dinheiro seria pago ao corretor de gado José Ricardo Gutti Guimarães, o Polaco

Por Ana Paula Chuva | 02/09/2025 11:08
 Operação Vostok: despachante e sargento da PM são condenados por roubar propina
Policiais federais com malote de documentos apreendidos durante ação em 2018 (Foto: Arquivo | Campo Grande News)

Envolvidos em um roubo de propina que seria paga ao corretor de gado José Ricardo Gutti Guimarães, o Polaco, foram condenados a mais de 44 anos de prisão. A sentença foi publicada no Diário da Justiça desta terça-feira (2) e entre os réus estão o policial militar Hilarino Silva Ferreira e o despachante foragido David Cloky Hoffman Chita.

RESUMO

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Sete pessoas foram condenadas a mais de 44 anos de prisão por roubo de R$ 300 mil em Campo Grande. Entre os réus estão o policial militar Hilarino Silva Ferreira e o despachante David Cloky Hoffman Chita, que está foragido. O crime ocorreu em 2017, quando o grupo roubou dinheiro destinado ao corretor de gado José Ricardo Gutti Guímaro. David Chita, apontado como líder de um esquema de fraudes no Detran-MS, teve prisão preventiva decretada em 2025. A investigação revelou que o grupo fraudou documentação de mais de 200 veículos com restrições, obtendo lucro aproximado de R$ 290 mil.

As sentenças são referentes à Operação Vostok, de 2018, defelagrada contra esquema de pagamento de propina à autoridades em troca de benefícios fiscais no Estado.

Agora, parte do grupo alvo da ação de sete anos atrás foi sentenciada por roubo majorado. Hilarino David, Luiz Carlos Vareiro e Vinícius dos Santos Kreff foram sentenciados a seis anos de reclusão e 15 dias-multa, cada um, em regime semiaberto. Jefferson Braga de Souza e Fábio Augusto de Andrade Monteiro foram condenados a seis anos e nove meses de prisão em regime fechado. Josué Rodrigues das Neves recebeu a mesma pena dos dois últimos, mas em regime semiaberto.

Ao todo, as sentenças somam 44 anos e três meses de reclusão e 195 dias-multa para os sete réus. O caso tramitou em sigilo na 4ª Vara Criminal de Campo Grande e ninguém teve a pena substituída por restrição de direitos.

Denúncia – Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o grupo teria roubado R$ 300 mil que seriam pagos para comprar o silêncio de Polaco, que ameaçava fazer uma delação premiada na época. O crime aconteceu em 27 de novembro de 2017, quando os criminosos cercaram o comerciante Ademir José Catafesta na BR-262.

Ademir foi enviado para receber o dinheiro, mas o valor e o veículo da vítima foram levados pelos criminosos. No entanto, policiais do BPChoque (Batalhão de Choque) conseguiram recuperar o carro e prender os integrantes da quadrilha. Eles confessaram o roubo. Os sete condenados acabaram sendo denunciados pelo MPMS.

Foragido - David Chita é apontado como líder do esquema de fraudes no Detran (Departamento Estadual de Trânsito). O despachante teve a prisão preventiva decretada em maio de 2024, dez meses após ser denunciado pelo MPMS pela inserção de dados falsos no sistema do órgão.

A investigação do esquema foi conduzida pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). O inquérito policial descreve que foi revelada a existência de organização criminosa para fraudes e obtenção de lucro a partir das atividades criminosas.

Segundo o inquérito, o investigado David Cloky Hoffman Chita seria o líder, provedor e coordenador das operações, captando proprietários de veículos e cobrando valores indevidos para a baixa de restrições.

Conforme a investigação, o grupo teria conseguido liberar a documentação de pelo menos 29 veículos com restrições, lucrando cerca de R$ 290 mil. No entanto, a polícia identificou que a fraude envolveu mais de 200 veículos, principalmente caminhões com quatro eixos, antes da regulamentação sobre esses veículos.

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