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Capital

Consórcio e sindicato serão investigados por paralisação dos ônibus

MPT apura possível lockout, prática em que o empregador suspende as atividades para pressionar o poder público

Por Ketlen Gomes | 10/11/2025 18:25
Consórcio e sindicato serão investigados por paralisação dos ônibus
No dia 22 de outubro, os terminais ficaram fechados e o transporte coletivo parado por 1h30 em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

O MPT-MS (Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul) abriu procedimento preparatório para investigar o Consórcio Guaicurus e o STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) por possível prática de lockout durante a última paralisação do transporte público da Capital, ocorrida no dia 22 de outubro.

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O Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul investiga possível prática de lockout pelo Consórcio Guaicurus e o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano durante paralisação em Campo Grande. A suspensão do serviço ocorreu em 22 de outubro, deixando usuários sem transporte por 1h30. A paralisação foi motivada pelo atraso no pagamento do vale salarial dos funcionários. O Consórcio alegou atrasos nos repasses da prefeitura, fato inicialmente negado, mas posteriormente confirmado pelo Executivo Municipal. Após quitação das dívidas, o serviço foi normalizado.

Na ocasião, os ônibus ficaram parados nas garagens por 1h30, deixando os usuários aguardando até aproximadamente 6h15, quando os terminais foram abertos e o serviço foi restabelecido. Segundo avaliação preliminar do MPT, tanto o Consórcio quanto o sindicato teriam praticado lockout, uma prática em que o empregador suspende as atividades ou impede o trabalho para pressionar o poder público ou obter vantagens financeiras.

Na época, ex-funcionários do transporte coletivo de Campo Grande relataram que o sindicato realiza paralisações e greves sem consultar a categoria, explicando que as mobilizações visam pressionar a prefeitura nas negociações com o Consórcio Guaicurus.

A paralisação de outubro foi motivada pelo atraso no pagamento do "vale", um adiantamento salarial correspondente a 40% do valor do salário dos funcionários, que deveria ter sido pago no dia 20 de outubro, apenas dois dias antes da greve. Em 24 de outubro, o presidente do STTCU, Demétrio Freitas, confirmou que a ação não teve aviso prévio aos trabalhadores, classificando-a como um "protesto" contra o Consórcio.

Na ocasião, o Consórcio alegou que a prefeitura estava com repasses financeiros atrasados, o que inicialmente foi negado pelo Executivo Municipal, mas depois foi confirmado e o pagamento foi realizado.

Com a quitação das dívidas da prefeitura com o Consórcio, o sindicato decidiu cancelar a assembleia marcada para tratar da greve dos motoristas, após a sinalização de que o vale seria pago pela empresa.

A reportagem procurou o Consórcio Guaicurus e o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, mas até a publicação da matéria não obteve resposta. O espaço segue aberto para pronunciamento.

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