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Capital

Pastor era estuprador em série e convencia com imagem de bondoso

Polícia já identificou cinco vítimas do homem, visto como uma pessoa que ajudava todos em bairro

Por Dayene Paz e Viviane Oliveira | 21/03/2025 11:22
Pastor era estuprador em série e convencia com imagem de bondoso
Delegado Pablo Farias e Nelly Macedo, durante coletiva de imprensa. (Foto: Divulgação | PCMS)

Bondoso e fora de qualquer suspeita. A imagem que transparecia para a comunidade do Bairro Aero Rancho, em Campo Grande, era apenas fachada. O pastor, que administrava uma igreja na região, foi preso nesta semana e, segundo a investigação policial, se trata de um estuprador em série.

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Um pastor de uma igreja no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande, foi preso por ser um estuprador em série. Ele usava sua imagem de bondoso para atrair fiéis vulneráveis, prometendo "limpeza espiritual", e então cometia abusos. A investigação começou após uma adolescente de 17 anos denunciar os crimes. O pastor ameaçava as vítimas e controlava até seus ciclos menstruais. A polícia já identificou cinco vítimas, mas acredita que possam haver mais. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.

Ele atraía fieis vulneráveis, as estuprava durante ritual de "limpeza espiritual", além de fazer ameaças. O homem até controlava o ciclo menstrual das vítimas.

Segundo a investigação, o líder religioso era solicito com todos do bairro. "Bondoso", descreveu a delegada Nelly Macedo, que concedeu entrevista à imprensa sobre o caso na manhã desta sexta-feira (21), na sede da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). O delegado Pablo Farias também acompanhou a entrevista.

Segundo a polícia, pastor há 20 anos, o homem já administrou igrejas em Aquidauana e Terenos. Há oito anos estabeleceu moradia no Bairro Aero Rancho, na Capital.

A máscara dele caiu assim que a polícia começou as investigações, em fevereiro deste ano, após uma adolescente de 17 anos fazer a primeira denúncia. "Ela foi acolhida por ele, com argumento de que ajudaria a tratar a dependência química. O pastor conquistou a confiança, inclusive, de familiares da vítima", diz Nelly.

Após determinado período de convivência, que foi harmoniosa, segundo a polícia, o pastor começou com os abusos. "Fazia as orações de libertação, que consistiam em ficar sozinho com a vítima, onde ele cometia atos libidinosos. Tocava o corpo de maneira indevida", discorre a delegada.

Então, a adolescente começou a questionar o método do religioso e começaram as ameaças. "Falava que ela seria possuída por espíritos malignos. A passo que foi se negando, ele começou com ameaças mais graves, até de morte, caso contasse a alguém".

Investigação - A polícia começou a investigação e chegou a cumprir ordens de busca e apreensão no imóvel do pastor. Apurou, então, que ele tinha um método meticuloso, o considerando um estuprador em série. "Até falava de papo de túmulo com as vítimas, ou seja, para o que fosse feito ou falado seria levado para o túmulo", diz Nelly.

O modus operandi era sempre o mesmo. "Identificava as vítimas pela situação de vulnerabilidade delas. Pregava orações de libertação espiritual, tinha um intervalo entre os crimes, anotações em que pontuava os encontros com cada vítima e o controle menstrual delas. Por isso consideramos um criminoso em série", explica a delegada.

Além do imóvel onde o pastor morava, que era perto da igreja, as vítimas também eram abusadas em outra casa, mas não sabem informar a localização. Já foram identificadas, até o momento, cinco vítimas entre 13 e 21 anos de idade, mas a polícia acredita que possam surgir mais. As investigações prosseguem.

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